Escrito por: CUT-RS
Deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) também esteve presente na recepção
O forte calor no final da manhã deste sábado (16) não impediu que dirigentes sindicais da CUT e militantes de movimentos sociais fossem até o saguão de desembarque do Terminal 2 do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, para recepcionar o Frei Sérgio Görgen. Ele voltava de Brasília após ter participado da greve de fome de dez dias contra a reforma da Previdência do presidente golpista Michel Temer (PMDB). Também compareceu a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS)
O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, que foi um dos participantes do jejum de dois dias em solidariedade aos grevistas na esplanada da Assembleia Legislativa do RS, fez uma saudação ao religioso. “Foi uma greve importante, decisiva, porque eles queriam aprovar a reforma da Previdência”, ressaltou.
“Que o sacrifício do Frei Sérgio e esse testemunho pessoal extraordinário de compromisso com a vida sirva de estímulo para a gente sair com todo vigor no próximo período e construir a grande greve geral no dia 19 de fevereiro. Eles marcaram a data da votação, marcaram a data da greve geral. Estaremos nas ruas com os todos os instrumentos possíveis para desmascarar essa reforma do capital, dos banqueiros e todos os que deram o golpe no Brasil”, afirmou Nespolo.
Frei Sérgio analisou a importância do movimento. “O governo estava muito perto de conseguir os votos necessários para votar e a greve de fome constrangeu e mobilizou o país, com um sentimento de solidariedade de norte a sul muito forte. Eu creio que isso teve uma influência muito grande para que muitos deputados, que já estavam decidindo votar, tivessem desistido. Foi de fato a grande batalha entre o povo e o dinheiro e, pela primeira vez este ano, o povo venceu”.
Maria do Rosário destacou que “os partidos de esquerda e os parlamentares, que representam os trabalhadores, viram na greve de fome a força e a coragem para lutarem também dentro do plenário da Câmara contra a reforma da Previdência. O Frei Sérgio, a Josi, a Leila e todas as mulheres que fizeram a greve de fome, foram herói e heroínas porque fizeram um trabalho lindo de convencimento das pessoas, mesmo sem se alimentar, para o povo não passar fome”.
Para Sandy Xavier, militante do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), “as mulheres trabalhadoras viram no jejum uma forma de resistência contra essa reforma”.
“Pessoas como o Frei Sérgio são fundamentais para a luta da classe trabalhadora”, concluiu o presidente da CUT-RS.
Também participaram da recepção ao Frei Sérgio o secretário de Comunicação da CUT-RS, Ademir Wiederkehr, e o presidente da Federação Democrática dos Sapateiros do RS, João Batista Xavier.