Escrito por: CUT-RS
90 cestas básicas de alimentos produzidos pela agricultura familiar foram doadas a famílias em situação de vulnerabilidade social, de diversos bairros de Porto Alegre
Sem vacina e com a pandemia do coronavírus ainda em alta, a CUT-RS e sindicatos não baixaram a guarda neste início de 2021 e distribuíram mais 90 cestas básicas de alimentos produzidos pela agricultura familiar, na manhã desta sexta-feira (8), para famílias em situação de vulnerabilidade social, nos bairros Glória, Humaitá, Navegantes, Farrapos, Sarandi, Vila Cruzeiro, Santa Rosa. Partenon e Restinga, todos na periferia de Porto Alegre.
A ação é parte de uma campanha solidária, lançada em março de 2020, através da parceria da CUT-RS com o Sinpro-RS, Adufrgs Sindical, Sindiserf-RS, SindBancários, Semapi-RS, Senergisul e Sindipetro-RS. O objetivo é levar dignidade e comida às pessoas que perderam suas fontes de renda devido à crise econômica, agravada pela covid-19.
150 toneladas de alimentos distribuídos em 2020
No ano passado, segundo levantamento da CUT-RS, essa solidariedade foi responsável pela doação de mais de 150 toneladas de alimentos, sendo que mais de 20 toneladas foram trazidos pela Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas (Coomafitt), no interior gaúcho.
Para o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, é tempo de colocar a vida acima de qualquer outro interesse, seja ele econômico ou ideológico. “O momento exige proporcionar renda, manter o auxílio emergencial e garantir comida para o povo brasileiro, que está jogado à própria sorte, abandonado pelo governo Bolsonaro e por prefeitos e governadores que seguem a cartilha neoliberal do ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes”.
A resposta para o descaso do poder público, conforme Amarildo, virá através da solidariedade e do amor ao próximo. “A fome vai aumentar, a miséria vai crescer em 2021 e nós temos que estar atentos e seguir com a nossa campanha solidária e a luta por vacina para todos e todas. Por isso, chamamos os trabalhadores e as trabalhadoras que têm carteira assinada, que possuem um pouco mais de condições financeiras, para que participem dessa mobilização para ajudar quem mais precisa”, destacou.
Fora Bolsonaro
Desde o início da pandemia, mais de 200 mil brasileiros e brasileiras perderam as suas vidas para o novo coronavírus. Para a CUT-RS, o presidente da República é o principal responsável pelo descontrole da crise sanitária e econômica e pelo alto número de mortes e contaminações.
“Bolsonaro, mais cedo ou mais tarde, terá que responder criminalmente por seus atos. Agora que temos a vacina, o presidente suspendeu a compra de seringas e de insumos para a imunização da população brasileira. Não podemos aceitar passivamente que o governo federal lave suas mãos para a crise e deixe a população morrer justamente quando outros países, como a Argentina, a China e o Reino Unido, dentre outros, começaram a imunizar seus cidadãos e cidadãs. Por esse e outros motivos, é que precisamos gritar cada fez mais forte – fora Bolsonaro”, concluiu Amarildo.