Escrito por: CUT-RS
Nota oficial da CUT-RS
No dia 4 de agosto foi encontrada sem vida a menina-mulher indígena kaingang Daiane Griá, de 14 anos. Ela teve o seu corpo dilacerado e foi brutalmente assassinada no Setor Estiva, da Terra Indígena do Guarita, no município de Redentora, na região noroeste do Rio Grande do Sul.
Essa morte violenta demonstra as inúmeras vulnerabilidades a que vivem expostos os povos originários e retrata as dificuldades enfrentadas na conjuntura nefasta que atravessamos.
Repudiamos esse ato cruel de violência contra as mulheres e os povos indígenas e nos solidarizamos com o povo Kaingang e com os familiares de Daiane.
Exigimos que sejam apurados todos os fatos e que seja fornecida proteção à comunidade onde vivia Daiane, a fim de evitar que ocorram novas ações criminosas.
Aliás, são reiterados ataques aos direitos e aos territórios pelo governo Bolsonaro e pela sua política indigenista no Congresso Nacional.
Exemplo disso é o PL 490 que tem o propósito de rasgar a Constituição Federal e de acabar com os direitos e a proteção aos povos indígenas e às suas terras. Projetos como este promovem um ambiente de acirramento dos conflitos e das violências que essas populações ficam sujeitas diante da não efetivação de seus direitos.
Basta de violência aos povos indígenas!
Respeito aos seus direitos e aos seus territórios!
CUT Rio Grande do Sul