Escrito por: CUT-RS
Sindicatos estão envolvidos em arrecadar donativos, principalmente colchões e cobertores, lonas para telhados provisórios e alimentos não perecíveis aos atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul
A CUT-RS reforça as campanhas de solidariedade para ajudar as famílias desabrigadas pelas chuvas e ventanias, durante a passagem na última sexta-feira (16) de um ciclone extratropical em várias regiões do Rio Grande do Sul.
“Os sindicatos estão envolvidos em arrecadar donativos, principalmente colchões e cobertores, lonas para telhados provisórios e alimentos não perecíveis”, afirmou o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci. “A corda sempre arrebenta para as famílias que vivem em condições mais vulneráveis e sofrem os efeitos das mudanças climáticas”, ressaltou
Em São Leopoldo, na região metropolitana de Porto Alegre, mais de 970 kits de alimentação, higiene e limpeza, além de colchões e cobertores, foram entregues às famílias que procuraram o atendimento.
Segundo o prefeito Ari Vanazzi (PT), ainda estão acolhidas, no Ginásio Municipal Celso Morbach, 260 pessoas, totalizando mais de 500, considerando os demais locais coletivos de acolhimento.
Com a elevação do Rio dos Sinos e previsão do aumento do nível das águas, outras 1.700 famílias tiveram ao longo do domingo as casas atingidas pelas águas. Destes muitos buscaram acolhimento em casas de amigos, familiares e associações locais.
A Secretaria Estadual de Assistência Social afirma que tem recebido doações de água, materiais de limpeza e de alimentos. A Defesa Civil do Rio Grande do Sul contabilizou 200 cestas básicas doadas em Maquiné, outras 200 em Caraá e mais 50 em São Sebastião do Caí.
Segundo a Secretaria Estadual do Desenvolvimento Rural, já foram recebidas mais de 7 toneladas de doações de alimentos para as prefeituras das cidades afetadas.
Até o começo da noite deste domingo (18), a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) tinha 33 municípios listados para inclusão nos programas de socorro por terem sido duramente atingidos pela ciclone.
De acordo com o último levantamento da Defesa Civil, 2,1 milhões de gaúchos e gaúchas foram afetadas direta ou indiretamente pelo ciclone.
Um total de 13 pessoas perderam as suas vidas, enquanto 4.987 estão em abrigos públicos e outras 1.537 deixaram suas moradias para ir para casas de amigos, parentes ou vizinhos.
As mortes ocorreram em oito cidades: três em Caraá, três em Maquiné, duas em São Leopoldo, e as outras em Novo Hamburgo, Bom Princípio, São Sebastião do Caí, Esteio e Gravataí, uma em cada cidade.
A chuva ultrapassou a marca de 100 milímetros em muitas áreas, aproximando-se e até superando a média histórica para junho.
A Brigada Militar resgatou 1.200 pessoas e 800 animais. Já o Corpo de Bombeiros divulgou que 2,5 mil pessoas foram socorridas pela corporação.
Os números foram divulgados pela Defesa Civil na manhã desta segunda-feira (19), em Osório, durante reunião do vice-governador Gabriel Souza (MDB) com representantes da União e com os prefeitos de parte dos municípios atingidos.
No último sábado (17), o Estado recebeu a comitiva enviada pelo presidente Lula (PT) integrada pelos ministros do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta. Também vieram o secretário nacional da Defesa Civil, Wolney Wolff, e o secretário Nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social, André Quintão Silva.
A comitiva fez um sobrevoo com o governador Eduardo Leite (PSDB) nas áreas mais assoladas e concedeu uma entrevista coletiva à imprensa em São Leopoldo.
Em sua postagem no Twitter, Pimenta escreveu que "os recursos serão disponibilizados, o quanto antes, após análise do impacto da tragédia. A ordem é liberar quanto for necessário para ajudar às famílias e recuperar a infraestrutura danificada".
O secretário estadual de Habitação Fabrício Peruchin prometeu reconstruir todas as casas que foram destruídas pelas águas. “Nós vamos reconstruir todas as casas de todas famílias. Mostraremos que temos forças para fazermos juntos, independentemente de ideologia e localização destas casas”, prometeu.
O governador anunciou que fará uma viagem a Brasília nesta semana, em busca de recursos da União. Ainda não há um montante calculado dos prejuízos para a recuperação das cidades atingidas.