Escrito por: CUT-RS
Em nota antidemocrática, Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul pede intervenção militar e destituição de membros do Judiciário
A CUT-RS repudia a nota absurda, ilegal e golpista divulgada nesta quinta-feira (1º) pela Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs) que pede intervenção militar e destituição de membros do Judiciário.
O documento é assinado pelo presidente da Sergs, Walter Lídio Nunes, e pelo ex-deputado federal do PMDB e presidente do Conselho Deliberativo da Sergs, Luiz Roberto Ponte.
“Trata-se de mais uma nota vergonhosa, inconstitucional e criminosa, que agride e viola o Estado Democrático de Direito e desrespeita a vontade soberana do povo brasileiro, que elegeu Lula (PT) para presidente da República a partir de 1º de janeiro de 2023”, afirma o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci.
Para ele, “a nota da Sergs se soma aos atos descabidos, antidemocráticos e golpistas que vêm sendo promovidos e financiados em rodovias e diante de quartéis após a derrota do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas".
"Exigimos a devida responsabilização judicial e a condenação na forma da lei de todos os responsáveis por essa nota criminosa da Sergs. Quem atenta contra a democracia não pode ficar impune", ressalta Amarildo.
Engenheiros e engenheiras indignados
O movimento “Engenheiros e Engenheiras pela Democracia – Rio Grande do Sul” repudia também a nota da Sergs e já começou a coletar adesões em abaixo-assinado na internet contra “a postura ilegal e imoral ali manifestada. Este setor que hoje ocupa a direção da Sergs não fala em nome da categoria profissional da engenharia”.
“Consideramos absurda qualquer declaração em favor de intervenção militar, destituição de um Poder como o Judiciário ou impedir a alternância de poder no Executivo. Qualquer tentativa de promover a desestabilização política de nosso país em manifestações antidemocráticas devem ser repreendidas”, destaca o abaixo-assinado, que já conta com mais de 130 adesões.
O texto indignado de engenheiros e engenheiras defende o respeito ao resultado das eleições. “Coletivamente reconhecemos a legitimidade das instituições democráticas brasileiras, enraizadas na participação popular e no Estado Democrático de Direito. Por isso, defendemos o respeito ao resultado das eleições e desejamos a posse dos representantes legalmente eleitos pela vontade soberana do povo brasileiro.”
Clique aqui para ler o texto do abaixo-assinado