CUT’s Amazonas e Roraima realizaram Plenárias neste fim de semana
Sindicalistas e movimentos sociais do Amazonas e de Roraima reafirmam mobilizações para o Dia do Basta, em 10 de agosto, e participação em Brasília, no dia 15, para defender candidatura do ex-presidente Lula
Publicado: 30 Julho, 2018 - 18h01 | Última modificação: 31 Julho, 2018 - 14h44
Escrito por: Érica Aragão
A capital do Amazonas recebeu, na última sexta-feira (27), militantes, trabalhadores, trabalhadoras e movimentos sociais de várias regiões do Estado para a Plenária da CUT-AM, que aconteceu na sede do Sindicato dos Metalúrgicos da região. No sábado (28), a CUT Roraima realizou sua plenária na sede da entidade, em Boa Vista.
Além de debater a atual conjuntura política do País e as eleições deste ano, foram discutidas também a mobilização para o Dia Nacional do Basta, em 10 de agosto, e a manifestação no dia 15, em Brasília, para defender o registro da candidatura de Lula. Também foi lançada a Plataforma da CUT para as Eleições 2018, com propostas da central para os candidatos.
A Região Norte organizou encontros em formato diferente das outras regiões do Brasil, onde estão sendo realizadas Plenárias Interestaduais da CUT para organizar e fortalecer a agenda de lutas da entidade para o próximo período.
Com as de Roraima e Amazonas já são nove plenárias até o momento. Na grande maioria das regiões brasileiras, as capitais foram palcos das atividades que representaram todos os estados do nordeste, sudeste, centro-oeste e sul. Por uma questão de locomoção, a Plenária da Região Norte se transformou em Plenárias estaduais.
“Tudo é muito longe e muitas vezes só dá para ir de avião, que é muito caro. Mesmo a locomoção do interior para capital é muito difícil. O norte geograficamente é outro País e outro mundo”, explicou a Secretária-Geral adjunta, Maria Aparecida Faria.
Segundo ela, devido a essa diferença geográfica os sindicalistas da Região Norte pediram para fazer as plenárias nos estados para que mais sindicalistas e representantes dos movimentos sociais pudessem participar.
“Foi pensando na representatividade da plenária que nós atendemos o pleito dos sindicalistas para fazer a Plenária da Região Norte por Estado”, afirmou Maria Faria.
Plenária Amazonas
Segundo o presidente da CUT Amazonas, José Alfredo Maia Pontes, os metalúrgicos, plásticos, trabalhadores da construção civil, rurais, hoteleiros, condutores, servidores públicos federais, petroleiros e movimentos sociais saíram animados da plenária para dizer basta de desemprego, de retirada de direitos e de injustiça contra o presidente Lula no dia 10.
“Nós defendemos um projeto político para a sociedade com inclusão, diferente deste governo golpista de direita, e temos que ir para rua ou paralisar as fábricas para dizer basta no dia 10 de agosto”, disse o presidente da CUT Amazonas.
Sobre o dia 15, Alfredo disse que para o projeto com inclusão dar certo só com Lula presidente. “A malária e o Sarampo voltaram com tudo na região com Temer, só falta Lula livre para voltar e colocar de volta os trilhos neste País, com igualdade e justiça”.
“As políticas do governo golpista têm retirado direitos sociais em todos os segmentos da sociedade, principalmente no Amazonas. Os trabalhadores estão preocupados como este retrocesso tem impactado no Estado”, contou a Secretária-Geral adjunta, Maria Aparecida Faria, que participou da Plenária da CUT Amazonas.
O Diretor da CUT, Rogério Pantoja, explicou que a zona Franca de Manaus hoje concentra 50% da população de Manaus e 80% do PIB do estado e sofre diretamente os impactos das medidas golpistas de Temer, como o congelamento dos investimentos em áreas como saúde e educação por 20 anos e a reforma trabalhista.
“35% da população do Amazonas está desempregada, pois a maioria dos empregos está na Zona Franca, que sofre com a crise financeira e com fechamento acelerado de postos de trabalho, que continua aumentando apesar de Temer ter dito que a reforma Trabalhista geraria emprego”, denunciou Pantoja.
Plenária Roraima
Mesmo com todas as dificuldades geográficas, trabalhadores e trabalhadoras vieram de todas as partes de Roraima para da Plenária da CUT.
“Foi emocionante ver o compromisso dos companheiros e das companheiras diante da relevância da atividade”, disse Secretária-Geral adjunta da CUT Nacional, Maria Aparecida Faria,
“Todo mundo em Roraima tem bem claro o que está acontecendo no País porque sentem na pele os impactos das medidas golpistas. Você percebe nos depoimentos que o retrocesso chegou para muita gente. Se não são da família, amigos estão desempregados e sofrem para pagar o gás, a luz e a água que aumentaram muito”.
O presidente da CUT Roraima, Gilberto Rosas, afirmou que foi muito representativa a Plenária e muito importante para as mobilizações nacionais do próximo período.
“Os trabalhadores e as trabalhadoras de Roraima, apesar da dificuldade, vieram massivamente para participar dos debates e foi muito importante a participação dos movimentos sociais para a unidade do povo em torno de uma pauta comum que é dizer basta, neste dia 10 de agosto”.
Gilberto contou que na próxima quarta haverá uma reunião na região para os preparativos finais do dia do basta.
Segundo ele, a questão regional que mais afeta a população de Roraima é o aumento da imigração dos venezuelanos, mas a entidade tem feito um trabalho bem importante para garantir dignidade para os irmãos latinos.
“Roraima vive um caos social e não podemos deixá-los na mão. A gente está rodando o estado realizando Audiências Públicas, trabalhando contra a xenofobia e fazendo formação com os venezuelanos sobre os direitos civis e trabalhistas”, contou Gilberto.
Povo de Roraima está com Lula
Já a secretária Maria Faria ressaltou que o povo de Roraima tem a posição bem clara quando se refere a defesa do ex-presidente Lula. Segundo ela, eles reconhecem na prática que com Lula a vida era bem melhor.
“O povo do norte está convencido da importância de participar do dia 10 para dizer basta de maldades e contra retirada de direitos; e no dia 15 irão a Brasília para defender o registro da candidatura de Lula”, afirmou a dirigente CUTista.
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