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CUT-SC se solidariza à professora que sofre perseguição

Militante da Escola Sem Partido processa professora por ministrar aulas sobre o feminismo

Publicado: 07 Abril, 2017 - 17h03 | Última modificação: 07 Abril, 2017 - 17h39

Escrito por: CUT SC

CUT SC
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As mulheres trabalhadoras da CUT-SC, que representa comerciárias, professoras da rede pública e privada, agricultoras familiares, bancárias, operárias das indústrias metalúrgicas e da alimentação, servidoras públicas municipais, estaduais e federal, trabalhadoras da saúde, da construção civil e demais categorias, reunidas no Coletivo de Mulheres da CUT-SC, no dia 5 de abril em Florianópolis vem a público prestar solidariedade à professora Marlene de Fáveri. A historiadora, docente e pesquisadora da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC é reconhecida nacionalmente pelo seu estudo voltado as relações de gênero.

Professora Marlene está sendo processada por ministrar um curso que tinha como temática o feminismo. A ex-aluna alega que se sentiu constrangida nas aulas por ser uma pessoa cristã e anti-feminista.Era Marlene quem orientava a tese de mestrado da ex-aluna que agora a processa, porém no decorrer da construção do trabalho a professora pediu o fim da orientação, devido as divergências de concepções. Trocar os orientadores é um direito tanto para os discentes quanto para alunos.

A ex-aluna, não esconde nas suas redes sociais a sua admiração pelo deputado federal Jair Bolsonaro, inclusive já ficou famosa nas redes por ter tirado uma foto com o deputado machista do Rio de Janeiro. Além dessas postagens, ela compartilha posições contrárias ao divórcio, ao feminismo, ao aborto e frases ridicularizando a luta feminista como “toda vez que uma mulher é empoderada, a civilização é enfoderada!”. No processo impetrado pela discípula de Bolsonaro, ela pede indenização por danos morais.

Com o rompimento da democracia no Brasil, grupos conservadores com projetos idênticos da censura do período da ditadura militar, ganham espaço e começam a ameaçar professores e professoras, apoiados pelo movimento Escola Sem Partido. 

A secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, Junéia Martins Batista se posiciona a favor da democracia e da igualdade entre homens e mulheres porque "acredita que a educação é fundamental para diminuir a desigualdade. Criminalizar a professora por ensinar meninos e meninas que as mulheres são diferentes, mas lutam por direitos iguais aos dos homens é ir contra um mundo mais justo".

Esperamos que nesse processo contra a Professora Marlene, bem como outros casos de intimidação que vem sendo feitos a professores e professoras, seja garantida a democracia e a livre docência!

Contra a Escola Sem Partido, pela garantia dos direitos, nós estamos com você Marlene! Não pensem que vão nos calar, pois hoje somos muitas!

 

Coletivo de Mulheres da CUT-SC