Escrito por: Nota da Executiva da CUT

CUT se solidariza com atingidos e atingidas pelas chuvas no litoral norte de SP

Para a CUT as vidas poderiam ser preservadas se o governo de Jair Bolsonaro (PL), não tivesse reduzido a valores irrisórios a verba para as áreas de Defesa Civil e Combate a Prevenção de Desastres

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A Central Única dos Trabalhadores (CUT) se solidariza com a população do litoral norte de São Paulo, familiares e amigos das vítimas do temporal que arrasou a região, deixando mortos e milhares de desabrigados. Para a Central a tragédia poderia ter sido evitada ou minimizada se o governo do ex- presidente Jair Bolsonaro (PL) não tivesse reduzido drasticamente as verbas para as áreas de Defesa Civil e Combate a Prevenção de Desastres Naturais.

No orçamento da União deste ano havia apenas R$ 675 milhões para esse tipo de atuação. A verba foi recomposta para R$1,2 bilhão graças à Proposta de Emenda Constitucional (PEC), sugerida pela equipe de transição do governo Lula (PT), aprovada pelo Congresso Nacional, antes da posse do presidente. 

Leia a íntegra da nota 

CUT se solidariza com atingidos e atingidas pelas chuvas no litoral norte de São Paulo

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) se solidariza com as pessoas pelas chuvas recorde no litoral norte do Estado de São Paulo, ocorridas nos dias 18 e 19 de fevereiro. Nossa solidariedade aos familiares e amigos (as) de vítimas dos alagamentos, enchentes, desabamentos, assim como a todos os desabrigados.

Até o momento 54 pessoas morreram e outras 38 ainda estão desaparecidas no litoral norte. As perdas humanas são irreparáveis. Sabemos que as vidas poderiam ser preservadas, assim como as perdas materiais que a população sofreu poderiam ter sido evitadas ou reduzidas se houvesse uma política de Estado que colocasse a vida no centro. Porém, o governo de Jair Bolsonaro (PL) reduziu a valores irrisórios a verba para as áreas de Defesa Civil e Combate a Prevenção de Desastres Naturais, mesmo depois dos diversos acontecimentos extremos ocorridos no período de governo do ex-presidente, como as chuvas de Pernambuco, Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais.

As chuvas no litoral de São Paulo no final de semana foram bem maiores do que se esperava e surpreendeu pelo intenso volume em 24 horas. Essas chuvas são resultado dos eventos extremos ocorridos pelas mudanças climáticas, e devem ser cada vez mais frequentes no país. Essa é uma realidade que precisa ser enfrentada urgentemente.

Para além das importantes ações emergências que estão em andamento pelos governos municipal, estadual e federal, é necessário o desenho e implementação de políticas públicas adequadas de adaptação, perdas e danos e mitigação às mudanças climáticas de forma coordenada e ampla no país. A importante retomada de políticas de moradia digna, saneamento, emprego e em diálogo com o enfrentamento ao aquecimento global serão fundamentais neste processo.

A CUT Brasil continuará trabalhando em alianças com outras entidades sindicais e movimentos sociais no sentido de construir uma transição justa ao atual modelo econômico insustentável, reconhecendo a necessidade de uma mudança para uma economia de baixo carbono e defendendo que a classe trabalhadora não seja prejudicada nesse processo. Os governos municipais, estaduais e federal devem garantir a participação destes e outros atores como ponto de partida para a adoção de novas políticas públicas que consigam prevenir e mitigar desastres naturais, como forma de evitar a repetição de tragédias que a cada acontecem com mais intensidade.

 Executiva Nacional da CUT