Escrito por: Leonardo Severo
Por organizar protesto, presidente da central é condenado a 5 anos de prisão
Trabalhadores protestam contra abusos e atropelos do governo
Encarcerado desde dezembro de 2015, Han Sang Yun foi condenado de forma injusta e absurda a cinco anos de prisão em razão de suas atividades para organizar a greve e a manifestação nacional contra a reforma trabalhista neoliberal impulsionada pelo governo do presidente Park Geun-Hye. Entre as acusações do governo direitista contra o dirigente estão a “obstrução especial de dever público”, “obstrução geral do tráfego” e “incentivar a luta contra a reforma da lei trabalhista que flexibiliza direitos dos trabalhadores”. Mais claro impossível.
“Em primeiro lugar, Fora Temer. Temer é o presidente interino, golpista e usurpador do estado de direito no Brasil. Trago uma saudação da CUT Brasil e estou aqui para prestar nossa solidariedade ao companheiro presidente da KCTU e a todos os companheiros detidos injustamente”, afirmou Tino em sua saudação. Conforme lembrou o dirigente, “a CUT-Brasil tem como princípio a defesa do direito de organização desde o local de trabalho, bem como a defesa do direito de greve, de manifestação, de negociação coletiva, como definem as convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT)”. Por isso, enfatizou, “no Brasil, como aqui, não aceitamos a tentativa da implantação de uma nefasta reforma neoliberal que retira direitos da classe trabalhadora para aumentar ainda mais os lucros dos capitalistas”. “Basta de retrocesso. Exigimos a libertação imediata do nosso companheiro e que seja feita justiça em nome da democracia. Liberdade para Han Sang Gyun. Até a vitória e viva a unidade da classe trabalhadora”, declarou.
Manifestantes tomam as ruas de Seul para exigir liberdade
O presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI), João Antonio Felicio, assinalou que a entidade se empenhará em fazer ecoar as palavras por liberdade e justiça para os sindicalistas sul-coreanos por todo o planeta. “A unidade e a mobilização da classe trabalhadora são fundamentais para fazer valer os nossos direitos, barrar retrocessos e garantir a construção de uma nova sociedade em que os interesses de uma elite parasitária não se sobreponha aos da coletividade”, concluiu.