Escrito por: Secretaria de Meio Ambiente da CUT-SP

CUT-SP lança a cartilha “Água no Estado de São Paulo: direito, não mercadoria”

Lançamento da cartilha se uniu à atividade “o mundo reestatiza, remunicipaliza; o Brasil privatiza"

Divulgação

No domingo, 18 de março, em meio as oficinas autogestionadas do FAMA (Fórum Alternativo Mundial da Água), a Secretaria de Meio Ambiente da CUT-SP fez o lançamento da cartilha “Água no Estado de São Paulo: direito, não mercadoria” na Universidade de Brasília.

No espírito de articulação em rede para a garantia do direito à água, o lançamento da cartilha se uniu a outra atividade afim, denominada “O Mundo Reestatiza/remunicipaliza e o Brasil Privatiza: Os casos de reestatização/ remunicipalização dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário no mundo e as privatizações no Brasil”. Com a junção das duas atividades, centenas de participantes puderam conhecer e discutir os processos de reestatização/remunicipalização de serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário ao redor do mundo (questão também abordada na cartilha).

Os participantes também puderam debater o mau exemplo dado pela Sabesp – sob a gestão do governo de Geraldo Alckmin (PSDB) - ao longo da crise da água em São Paulo: a companhia de saneamento, apesar de ser uma empresa pública (já que 50,3% de suas ações estão nas mãos do governo), age pautada pela lógica de empresa privada, visando lucro, o que levou a uma série de violações de direitos humanos na fase mais aguda da crise, enquanto que 60% dos “lucros” eram remetidos para acionistas das Bolsas de Nova Iorque e de São Paulo.

O lançamento da cartilha contou com a presença de integrantes de diversos sindicatos, ONGs e movimentos sociais, bem como contou com a exposição de representantes da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU); da Internacional de Serviços Públicos (ISP); Observatório do Saneamento Básico da Bahia (OSB); da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (ASSEMAE); e do relator especial para água e saneamento da ONU, Leo Heller.

Além da CUT-SP, a cartilha foi produzida em parceria com a Fundação Friedrich Ebert e o apoio do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e o FAMA.

A secretária de Meio Ambiente da CUT-SP, Solange Ribeiro, afirma que “foi muito importante fazer o lançamento da cartilha em Brasília, junto com representantes de diversos sindicatos de trabalhadores de empresas públicas de água e saneamento, pois pudermos dar nossa contribuição na luta pelo direito à água e pela soberania nacional por meio da análise de um péssimo exemplo dado pelo Estado de São Paulo”.

Um dos encaminhamentos da atividade foi a organização da Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental.

Clique aqui e baixe a cartilha para ler e compartilhar.