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CUTs do Nordeste debatem caminhos e perspectivas para os nove estados da região

Foco dos debates é como fazer o Brasil voltar rumo do desenvolvimento econômico e social, depois da destruição de direitos e políticas que tiverem início no golpe e se consolidaram com Bolsonaro

Publicado: 01 Dezembro, 2022 - 12h32 | Última modificação: 01 Dezembro, 2022 - 12h46

Escrito por: Redação CUT

Divulgação
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O Fórum das CUTs do Nordeste deu início, na quarta-feira (30), a um ciclo de seminários com o objetivo de debater políticas públicas que funcionem, bem como o cenário político e econômico nacional e do Nordeste em especial.

O evento, que acontece no Recife até a sexta-feira (2), reúne representantes das nove CUTs da região no Centro de Formação e Lazer do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social no Estado de Pernabuco (Sindsprev-PE). 

O foco dos debates é o cenário de caos econômico e social e, consequentemnte, os desafios para a resolver os problemas, que o presidente eleito, Lula (PT), vai enfrentar a partir de 1º de janeiro. Os dirigentes sindicais dsicutem formas de contribuir para que o novo governo coloque o Brasil de volta no rumo da expansão econômica e bem-estar social e acabe com os ataques aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, que começaram com o golpe contra a presidenta Dilma Roussef e a aprovação da reforma Trabalhista do ilegítimo Michel Temer (MDB), e se intensificaram no governo de Jair Bolsonaro (PL) com a reforma da Previdência e cortes de recursos em programas sociais, Educação, Saúde e outras áreas essenciais para a população brasileira.

Durante a abertura do seminário foi feita uma análise de conjuntura e um debate sobre as perspectivas políticas e econômicas para o Nordeste, com participação de Fausto Augusto Junior, diretor técnico do Dieese; do secretário-geral adjunto da CUT Nacional, José Donizetti; do subsecretário do Consórcio Nordeste, Diego Pessoa; e mediação de Madalena Firmo, presidente da CUT Bahia.

É preciso retomar tudo que o Brasil perdeu ao longo dos últimos anos e pensar o Nordeste enquanto economia forte, disse Madalena.

“O Brasil está destruído por esse desgoverno que ainda está concluindo o mandato. Nós tivemos, por exemplo, a contrarreforma trabalhista – e eu digo isso porque não foi uma reforma, a gente só reforma uma casa para melhorar, e o que fizeram foi destruir o direito dos trabalhadores e dificultar, inclusive, para as empresas. O Brasil sofreu um ataque brutal nesses últimos anos. Grandes empresas foram fechadas, destruídas... Sabemos que as empresas sozinhas não vão conseguir gerar todos os postos de trabalho que a gente quer, por isso nosso desafio aqui é pensar perspectivas e saídas para milhões de trabalhadores que estão fora do mercado de trabalho”, completou a dirigente. .

A presidente da CUT Bahia também apontou os altos índices de fome como um dos grandes problemas a serem sanados em 2023. “Bolsonaro está deixando o Brasil quebrado e não se retoma uma economia de uma hora para a outra, mas a gente precisa matar a fome de uma hora para a outra. Quem tem fome tem pressa, então nós vamos ter que apresentar propostas alternativas também de como erradicar a fome sem ter que esperar uma demanda de empregos formais”, pontuou, destacando: “Para alguns é gasto. Para nós, é investimento”.

Fausto Augusto Junior ressaltou a importância de eventos como esse no sentido de implementar um novo projeto de desenvolvimento econômico e social para o Brasil. “Antes de tudo, esse é um momento de celebração. Afinal, nós ganhamos as eleições. A região Nordeste é uma referência do ponto de vista da resistência, e agora a ideia é que a gente construa uma proposta que seja referência na forma de pensarmos o crescimento econômico e social do nosso país”, disse.

Segundo Lúcia Silveira, coordenadora do Fórum das CUTs do Nordeste, o seminário foi pensado para debater esse momento de transição e seus novos desafios. “O Fórum surge com o papel de criarmos uma identidade, de criarmos um projeto político para o Nordeste que fortaleça as CUTs, que chame os sindicatos que fazem parte das CUTs, as federações e confederações para junto, mas que a gente se fortaleça para dialogar tanto com o público como com o Consórcio e com a CUT nacional”, afirmou.