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De Silvio Almeida a Anielle Franco. Confira 32 novos nomes da Transição

Gabinete de Transição do governo Lula apresenta nomes para grupos de Comunicação, Direitos Humanos, Mulheres, Indústria e Comércio, Igualdade Racial e Planejamento

Publicado: 11 Novembro, 2022 - 09h11 | Última modificação: 11 Novembro, 2022 - 17h38

Escrito por: Redação RBA

Divulgação
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O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), anunciou nesta quinta-feira (10) lista com 32 novos nomes que vão compor o Gabinete de Transição do governo Lula. Foram anunciados integrantes de seis grupos técnicos: Comunicação, Direitos Humanos, Mulheres, Indústria e Comércio, Igualdade Racial e Planejamento. Assim, juntamente com Economia, Assistência Social e Saúde, nove grupos já contam com as equipes escaladas. Esses grupos devem realizar estudos em cada área e estabelecer as prioridades para o próximo governo.

Entre os nomes anunciados estão ex-ministros, parlamentares, acadêmicos e representantes da sociedade civil. Nos Direitos Humanos, por exemplo, destaque para o advogado e escritor Silvio Almeida. No grupo Mulheres, Anielle Franco, diretora executiva do Instituto Marielle Franco, que leva o nome da sua irmã, ex-vereadora do Psol assassinada em 2018.

Confira nova lista de nomes para o Gabinete de Transição

Comunicações

  • Paulo Bernardo, ex-ministro das Comunicações
  • Jorge Bittar, ex-deputado federal
  • Cesar Álvarez, ex-secretário-executivo do Ministério das Comunicações
  • Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Direitos Humanos

  • Maria do Rosário, deputada federal (PT-RS)
  • Maria Vitória Benevides, historiadora, integrante da Comissão Arns
  • Silvio Almeida, advogado e escritor, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do Mackenzie e presidente do Instituto Luís Gama
  • Luis Alberto Melchetti, doutor em Economia
  • Janaína Barbosa de Oliveira, movimento LGBTQIA+
  • Rubens Linhares Mendonça Lopes, setorial Pessoa com Deficiência do PT
  • Emídio de Souza, deputado estadual (PT-SP)

Igualdade Racial

  • Nilma Lino Gomes, ex-ministra das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos
  • Givania Maria Silva, quilombola e doutora em Sociologia
  • Douglas Belchior
  • Thiago Tobias, advogado coalizão negra
  • Ieda Leal
  • Martvs das Chagas, secretário de Planejamento de Juiz de Fora (MG)
  • Preta Ferreira, movimento negro e moradia

Planejamento, Orçamento e Gestão

  • Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda
  • Enio Verri, deputado federal (PT-PR)
  • Esther Dweck, economista e professora da UFRJ
  • Antonio Corrêa de Lacerda, presidente do Conselho Federal de Economia

Indústria, Comércio e Serviços

  • Germano Rigotto, ex-governador do Rio Grande do Sul
  • Jackson Schneider, executivo da Embraer
  • Rafael Luchesi, diretor de Educação e Tecnologia do Senai
  • Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Pequena Empresa (subgrupo)

  • André Ceciliano, presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro
  • Paulo Okamoto, ex-presidente do Sebrae
  • Tatiana Conceição Valente, especialista em Economia Solidária
  • Paulo Feldman, professor da USP

Mulheres

  • Anielle Franco, diretora executiva do Instituto Marielle Franco
  • Roseli Faria, economista
  • Roberta Eugênio, mestre em Direito
  • Maria Helena Guarezi, professora
  • Eleonora Menicucci, ex-ministra da Secretaria Especial de Política para Mulheres
  • Aparecida Gonçalves, ex-secretária nacional de Violência contra a Mulher

Alckmin rebate pressões do mercado

Após anunciar os nomes que compõem os seis grupos, Alckmin foi questionado sobre a reação do “mercado” ao discurso de Lula, mais cedo, em que o presidente eleito sinalizou a questão social como prioridade do seu governo. Para os agentes do mercado, o líder petista teria deixado de lado o compromisso com a austeridade fiscal. Os representantes da Faria Lima também não gostaram de saber que a Petrobras não mais ser “fatiada”, nem o Banco do Brasil privatizado.

Em resposta, Alckmin lembrou que, quando Lula assumiu pela primeira vez, em 2003, a dívida pública do país correspondia a 60% do PIB. Em 2010, ao final do seu governo, havia caído para 39,7%. Além disso, seu governo realizou superávit fiscal em todos os anos dos seus dois mandatos.

“Então se alguém teve responsabilidade fiscal, foi o governo Lula”, disse o vice. Segundo ele, o mais importante é fazer o país crescer. E isso deve ocorrer a partir da retomada do planejamento e dos investimentos públicos.

Sobre a chamada PEC da Transição, que abre espaço no Orçamento para garantir o pagamento do Bolsa Família de R$ 600, dentre outras prioridades do novo governo, Alckmin disse que seus valores ainda não estão definidos. O vice também alertou para a necessidade de obter recursos para garantir a continuidade de políticas públicas nas áreas da saúde, educação e habitação, além de evitar a paralisação de obras em andamento.