Escrito por: Redação RBA
Gabinete de Transição do governo Lula apresenta nomes para grupos de Comunicação, Direitos Humanos, Mulheres, Indústria e Comércio, Igualdade Racial e Planejamento
O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), anunciou nesta quinta-feira (10) lista com 32 novos nomes que vão compor o Gabinete de Transição do governo Lula. Foram anunciados integrantes de seis grupos técnicos: Comunicação, Direitos Humanos, Mulheres, Indústria e Comércio, Igualdade Racial e Planejamento. Assim, juntamente com Economia, Assistência Social e Saúde, nove grupos já contam com as equipes escaladas. Esses grupos devem realizar estudos em cada área e estabelecer as prioridades para o próximo governo.
Entre os nomes anunciados estão ex-ministros, parlamentares, acadêmicos e representantes da sociedade civil. Nos Direitos Humanos, por exemplo, destaque para o advogado e escritor Silvio Almeida. No grupo Mulheres, Anielle Franco, diretora executiva do Instituto Marielle Franco, que leva o nome da sua irmã, ex-vereadora do Psol assassinada em 2018.
Após anunciar os nomes que compõem os seis grupos, Alckmin foi questionado sobre a reação do “mercado” ao discurso de Lula, mais cedo, em que o presidente eleito sinalizou a questão social como prioridade do seu governo. Para os agentes do mercado, o líder petista teria deixado de lado o compromisso com a austeridade fiscal. Os representantes da Faria Lima também não gostaram de saber que a Petrobras não mais ser “fatiada”, nem o Banco do Brasil privatizado.
Em resposta, Alckmin lembrou que, quando Lula assumiu pela primeira vez, em 2003, a dívida pública do país correspondia a 60% do PIB. Em 2010, ao final do seu governo, havia caído para 39,7%. Além disso, seu governo realizou superávit fiscal em todos os anos dos seus dois mandatos.
“Então se alguém teve responsabilidade fiscal, foi o governo Lula”, disse o vice. Segundo ele, o mais importante é fazer o país crescer. E isso deve ocorrer a partir da retomada do planejamento e dos investimentos públicos.
Sobre a chamada PEC da Transição, que abre espaço no Orçamento para garantir o pagamento do Bolsa Família de R$ 600, dentre outras prioridades do novo governo, Alckmin disse que seus valores ainda não estão definidos. O vice também alertou para a necessidade de obter recursos para garantir a continuidade de políticas públicas nas áreas da saúde, educação e habitação, além de evitar a paralisação de obras em andamento.