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Defesa da democracia e inclusão social marcam os 13 anos do Instituto Lula

Nascido do Instituto Cidadania, Instituto Lula atua pensando políticas públicas que estimulem o exercício pleno da democracia e a justiça social no Brasil e nos países da América Latina e África

Publicado: 15 Agosto, 2024 - 14h11

Escrito por: Institulo Lula

Reprodução
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Na base das principais políticas públicas que mudaram a cara do Brasil nos governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff está o Instituto Lula.

Nascido do Instituto Cidadania, o Instituto Lula tem em seu estatuto o compromisso de debater o desenvolvimento nacional e a redução de desigualdades, visando o progresso socioeconômico do país. Assim tem sido nos seus 13 anos, comemorados neste 15 de agosto.

Espaço de interação e diálogo para aqueles que compartilham os ideais de Lula, no Instituto estuda-se, debate-se e organizam-se ideias que resultam na criação de políticas públicas com foco na erradicação da extrema pobreza e da fome, a exemplo do Fome Zero. Outras diretrizes envolvem o acesso à educação, a promoção da igualdade, a universalização da saúde, o desenvolvimento com sustentabilidade ambiental e o fomento à participação política e social dos cidadãos em todas as esferas da vida pública nacional.

O Instituto Lula também trabalha pelo fortalecimento da cooperação entre as nações. Dentre as principais frentes de atuação estão a promoção da integração dos países da América Latina e a transferência de experiências exitosas no combate à fome com o continente africano. E, mais recentemente, o Instituto tem promovido debates sobre o papel da China no mundo e como a parceria com essa importante potência pode trazer benefícios ao país. Para tanto, são realizadas atividades nos mais diferentes formatos: encontros com chefes e ex-chefes de Estado, ministros, representações diplomáticas, seminários, debates, fóruns e grandes eventos.

Um exemplo é o seminário realizado em conjunto com a União Africana, o Nepad (a agência de desenvolvimento da África) e a FAO, em Adis Abeba, que contou a participação de sete chefes de Estado e de Governo, 400 autoridades, representantes de organismos multilaterais e estudiosos que definiu um programa de ações visando a erradicação da fome em África até 2025, proposta referendada depois, em janeiro de 2015, pela Conferência da União Africana.

Outro grande encontro foi promovido pelo Instituto Lula em parceria com a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal-ONU), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco de Desenvolvimento Latino-americano (CAF). Realizado em 2013, o seminário “Desenvolvimento e Integração da América Latina”, em Santiago, Chile, contou com a participação do ex-presidente chileno Ricardo Lagos e de 120 lideranças políticas, sociais e intelectuais de 10 países da região. Foi debatida uma agenda concreta para o desenvolvimento e a integração regional nas áreas econômica, física, energética e social da América Latina.

Recentemente, o Instituto promoveu uma série de debates sobre a China no Mundo e o Brasil, que teve como objetivo trazer reflexões sobre essa parceria de acordo com as necessidades da nossa nação.

Entre as missões do Instituto Lula está a preservação e defesa do legado dos governos progressistas de Lula e Dilma. O site do IL oferece um espaço chamado “O Brasil da Mudança”, o qual reúne informações sobre a concepção e os resultados das políticas públicas executadas a partir de 2003.

Está sob responsabilidade do Instituto Lula, ainda, o Memorial da Democracia. Um museu virtual para contar a história do Brasil a partir do resgate da memória das lutas de nosso povo pela democracia, pela igualdade e pela justiça social.

 

Onde tudo começou


O Instituto Lula nasceu do Instituto Cidadania. Após a derrota eleitoral para Fernando Collor, na eleição presidencial de 1989, surge a experiência do chamado Governo Paralelo. Estruturado sob a liderança de Lula, entre 1990 e 1992, pensadores, políticos e líderes sindicais debatiam propostas alternativas de políticas públicas, enquanto acompanhavam, criticamente, o governo Fernando Collor de Mello.

Nessa primeira fase, o Instituto Cidadania oferecia suporte estrutural e jurídico para o Governo Paralelo. Depois vieram as Caravanas da Cidadania e as atividades de debate, estudos e pesquisas com a população. Esse contato enriquecia as informações que levavam à elaboração de políticas públicas, sempre assegurando o pluralismo de enfoques, marca de uma instituição suprapartidária.

 

De Instituto Cidadania a Instituto Lula


Foi nesse espaço, em frente ao Museu do Ipiranga, que Lula amadureceu ideias, debateu projetos com os mais diversos setores da sociedade e manteve a prática do diálogo democrático para a elaboração de políticas públicas.

Assim, ao término do segundo mandato à frente da Presidência da República, em 2011, Lula volta para compartilhar experiências acumuladas ao longo de anos de vida pública. No Brasil, como em outros países, é comum que ex mandatários criem instituições responsáveis por apoiar suas atividades, organizar e preservar seus acervos documentais e históricos, além de promover debates sobre os temas mais caros a cada um. Assim fizeram Bill Clinton, Jimmy Carter, George W. Bush e Barack Obama nos Estados Unidos; Nelson Mandela, na África do Sul; Gordon Brown e Tony Blair, no Reino Unido. No México existe o Centro Lázaro Cárdenas y Amalia Solórzano; no Chile, Ricardo Lagos. No Brasil fizeram o mesmo Fernando Henrique Cardoso e José Sarney, entre outros.

Foi a partir da observação e do estudo de experiências brasileiras e internacionais como essas que Paulo Okamotto, ex-presidente e atual diretor do Instituto, trabalhou para transformar o legado de mais de uma década do Instituto Cidadania em Instituto Lula.

“Nesses 13 anos de existência, nosso trabalho esteve voltado para compartilhar experiências de políticas públicas de combate à fome e à pobreza com os países da África, promover a integração da América Latina e ajudar a fazer o resgate da história da luta pela democracia no Brasil. Hoje, mantemos esse mesmo olhar em busca de equidade e justiça social. Investindo na formação de novos líderes e abrindo espaço para a contribuição dos mais jovens”, destaca Okamotto.

 

O Instituto Lula resiste


Durante os anos da campanha judicial e midiática movida contra o presidente Lula, o Instituto teve sua sobrevivência ameaçada. Palco de resistência, durante os 580 dias da prisão política de Lula, o Instituto trabalhou incansavelmente pela sua liberdade.

Junto com os movimentos sociais, o Instituto organizou a luta pela liberdade de Lula. Na foto, bolo de aniversário de Lula em 2018, na Vigília Lula Livre, que durante 580 dias não arredou o pé da porta da Polícia Federal, em Curitiba. Reprodução

 

Hoje presidenta interina do Instituto Lula, a jornalista Ana Flávia Marques foi a coordenadora de comunicação da Campanha Lula Livre. A campanha foi responsável por organizar e realizar atividades pela libertação do presidente Lula.

Durante a prisão do presidente, mais de 35 mil cartas foram enviadas a Lula. O Instituto Lula recebeu todas as cartas, que foram lidas e respondidas por uma equipe que variava entre três e cinco pessoas.


A volta por cima

Agora, quando Lula chega ao seu terceiro mandato à frente do país, o Instituto segue sua missão de defesa do exercício pleno da democracia, de espaço onde se trabalha pela justiça social e pelo intercâmbio internacional das experiências políticas exitosas dos governos Lula.

Para o diretor Wellington Damasceno, atualmente a missão do Instituto é “valorizar e preservar o legado de construção das políticas públicas que tiraram o Brasil do Mapa da Fome, e apontar para políticas que deem conta das novas demandas sociais.”

Pela primeira vez, uma mulher ocupa a Presidência da Instituição. Licenciada para concorrer às eleições municipais, Ivone Silva tomou posse em julho de 2023. Ana Flávia Marques assumiu interinamente como presidenta do Instituto em julho de 2024.

“É importante defender o papel do Instituto na preservação do legado dos governos Lula e Dilma, mas entendo que devemos sempre manter o olhar voltado para o presente e para o futuro. Debater os problemas sociais do Brasil, mirando em soluções e estratégias que resultem na elaboração de políticas públicas que cumpram as demandas que surgem no contexto atual do país”, defende Ana Flávia.

 O IL não tem fins lucrativos e é independente de estados, partidos políticos ou organizações religiosas. A manutenção de seus trabalhos é garantida por meio de doações de pessoas que se identificam com os objetivos da entidade.