Escrito por: Cecília Negrão e Paulo Flores, do Sindicato dos Bancários
No dia do 2º turno da eleição, no próximo domingo, estarão no país cerca de 15 representantes da UNI Global Union, da Progressive International e da Central Sindical das Américas (CSA)
O aumento dos casos de assédio eleitoral praticado por patrões que querem forçar os trabalhadores a votar em seu candidato, o presidente Jair Bolsonaro (PL), acendeu o sinal de alerta no movimento sindical internacional, que resolveu acompanhar o processo de perto, no segundo turno da eleição, no próximo domingo, dia 30.
Um balanço do Ministério Público do Trabalho (MPT) aponta que houve um aumento de 58% das denúncias de assédio eleitoral no Brasil desde o dia 3 de outubro, um dia após o primeiro turno da eleição, quando ficou definido que a disputa iria para o segundo turno e o opositor do preferido pelos patrões seria o ex-presidente Lula (PT). Até a noite desta terça-feira (25), o MPT havia registrado 1.435 denúncias de trabalhadores contra patrões de 1.134 empresas.
Em alerta, o movimento sindical internacional resolveu enviar uma delegação de 15 representantes da UNI Global Union, da Progressive International e da Central Sindical das Américas (CSA) para acompanhar as eleições para a presidência da República no Brasil.
“Coagir, ameaçar ou prometer benefícios para que os empregados votem em determinado candidato é assédio eleitoral. E esta prática se configura como crime em nosso país”, explicou a brasileira, presidente da UNI Finanças Mundial, Rita Berlofa, que vai recepcionar a delegação internacional.
A UNI Global Union é uma entidade sindical mundial que representa mais de 20 milhões de trabalhadores do setor serviços em 150 países.
Participam da delegação Christy Hoffman, secretária-geral da UNI Global Union e Marcio Monzane, secretário regional da UNI Américas.