Escrito por: Redação CUT

Delta avança no mundo, devasta países Asiáticos e EUA tem 100 mil casos de Covid-19

Países se preparam para enfrentar a variante Delta, que é mais contagiosa, enquanto isso, o Brasil ainda corre para vacinar boa parte da sua população

Marcelo Casal / Agência Brasil

A variante Delta ameaça os planoS do fim da pandemia mundial do novo coronavírus mesmo com o avanço da vacinação contra a Covid-19. A variante, mais transmissível que as demais, devasta países da Ásia que vêm lutando contra os piores surtos registrados desde o iníco da crise sanitária; e preocupa as autoridades dos EUA, que já registram alta demanda no sistema hospitalar de alguns estados.

Nos países Asiáticos, como Japão, China e Coréia do Sul, o avanço da Delta é estimulado por baixas taxas de vacinação.

Nas primeiras ondas da pandemia, eles conseguiram conter os surtos de coronavírus. Agora, estão lutando com serviços de saúde sobrecarregados, falta de leitos hospitalares, equipamentos e oxigênio. Eles também fizeram lockdowns, fechando fábricas e restringindo o movimento de cidadãos nas ruas e podem voltar a fazer.

Situação nos EUA

Apesar da taxa maior de imunizaão, mais de 112,7 mil casos foram confirmados ontem em todo o país americano, de acordo com levantamento do site Worldometers. É o número mais alto desde 11 de fevereiro, quando os EUA estavam controlando a última onda de contágios e começando a acelerar a campanha de vacinação.

Em 24 horas, 656 pessoas morreram nos EUA, segundo o Worldometers. Apesar da alta de casos, o número diário de óbitos ainda está distante do último pico no início deste ano, quando chegou a ultrapassar 4 mil em 24 horas. Os aumentos de casos são registrados nos estados com baixa vacinação.

Mais de 70% dos adultos americanos já receberam pelo menos uma dose dos imunizantes, mas os números são muito divergentes entre os estados. No Mississippi, por exemplo, a taxa de vacinados é de 51%, a mais baixa de todo o país. Em Vermont, 87%, de acordo com dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Um dos principais epicentros do novo surto é a Flórida, que vem quebrando recordes de hospitalizações. Na quarta-feira (4), 12.408 pessoas estavam internadas em hospitais do estado, o maior número desde o início da pandemia.

Lockdowns

Assim como os países asiáticos, Israel também está discutindo novo lockdown a partir de setembro para conter o avanço da Delta no país. Os EUA estão discutindo a volta das máscaras e outros países falam em aumentar restrições.

Já o Brasil, que nunca fez um lockdown nacional e gerenciou muito mal a pandemia de Covid-19, atrasou a vacinação, agora já pensa em abrir casa de shows e tem até governantes planejando festas de fim de ano em meio ao avanço da variante Delta.

Dados da pandemia no Brasil

Em 24 horas, o Brasil registrou 1.086 novas mortes pela Covid-19. Mesmo com a redução na média móvel de casos e de óbitos, o número ainda é considerado muito alto, de acordo com especialistas. É como se caíssem 3 aviões por dia no país.

A média semanal de vítimas ficou abaixo de 900 pela primeira vez em sete meses, em 882. A última vez que o indicador chegou a esse patamar foi em 8 de janeiro deste ano (872).

Nesta quinta-feira, o número de novas infecções notificadas foi de 39.185. No total, o Brasil tem 560.801 mortos e 20.065.687 casos da doença, de acordo com os dados do consórcio de imprensa.

Países discutem 3ª dose diante do aumento da Delta

Com o aumento da variante Delta em mais de 130 países do mundo, vários países já discutem iniciar na semana que vem a aplicação da terceira dose.

O jornal New York Times afirmou que "o governo Joe Biden está considerando estratégia similar", assim como o Reino Unido. O Wall Street Journal diz que Biden quer o "reforço" para setembro, "rápido". Israel já começou a aplicar a terceira dose.

Alemanha e França discutem na semana que vem a aplicação de terceira com AstraZeneca, para maiores de 55 anos que tomaram Sinovac.