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Depois de audiência greve no Comperj é encerrada

Operários aguardam resposta patronal sobre reajuste proposto pelo MPT

Publicado: 19 Março, 2015 - 18h29

Escrito por: Wagner Sales

Em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (19), em torno de 3,5 mil trabalhadores das obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) decidiram suspender a greve que completaria 12 dias. Agora devem ser intensificadas as negociações com os patrões, que haviam entrado com o pedido de dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho. O Sindicato dos Trabalhadores Empregados nas Empresas de Montagem e Manutenção do Município de Itaboraí (Sintramon) quer manter o índice proposto pelo Ministério Público do Trabalho, de reajuste linear de 7,13%.

Além do reajuste salarial, a preocupação da categoria é o pagamento do adiantamento do salário, que sempre ocorre no dia 15 de cada mês e a negociação dos dias parados. Durante a assembleia, o presidente do Sindicato, Paulo Cesar Quintanilha, lembrou as dificuldades enfrentadas na campanha. Ele afirmou que em dezembro, “eram cerca de 16 mil trabalhadores, e de lá para cá foram aproximadamente 13 mil demissões. Quando coloco para o trabalhador que as empresas são pequenininhas, mas unidas, quero dizer que houve uma união de todas as empresas de nosso país, na qual fizeram demissão em massa”.

Quintanilha lembrou ainda que “eles (os patrões) se uniram em favor dos seus objetivos econômicos nesse momento, que é o momento do dissídio. Fizeram o pacote deles para hoje a gente entrar no desespero que estamos”. A pauta de reivindicações da categoria é composta de apenas 15 itens. O resultado da campanha salarial do Comperj tem servido de referência para outros sindicatos de trabalhadores em todo o país.