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Depois do pico, média móvel de casos de Covid-19 cai pelo 10º dia seguido

Já a média móvel de mortes em decorrência da doença segue alta há sete dias e atinge mais idosos e pessoas que não se vacinaram

Publicado: 16 Fevereiro, 2022 - 12h52 | Última modificação: 16 Fevereiro, 2022 - 19h06

Escrito por: Redação CUT

Tânia Rego/Agência Brasil
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Após registrar recordes de casos de casos de Covid-19 com o avanço da variante ômicron, cepa altamente transmissível, o Brasil entra no 10º dia seguido em queda na média móvel de casos.

Já a média móvel de mortes em decorrência da doença segue alta há sete dias e atinge mais idosos e pessoas que não se vacinaram.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, o país totaliza 27.659.052 casos de Covid-19 e 639.689 óbitos decorrentes da doença.

Nesta terça-feira (15), o país registrou 120.549 casos de Covid-19 e 854 óbitos decorrentes da doença , segundo números divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Para especialistas, apesar de os números seguirem altos, a tendência dos últimos dias indica que o pico causado pela ômicron já pode ter passado, principalmente nas grandes cidades.

Segundo o boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado na semana passada, o cenário nacional é atualmente de interrupção do crescimento de diagnósticos positivos em todas as faixas etárias da população adulta.

Números da média móvel

As estatísticas confirmam a previsão da Fiocruz. Houve queda tanto na média móvel de casos, quanto de óbitos, que chegaram a 126.062 e 840, respectivamente e está no menor patamar desde 21 de janeiro, quando o país registrava 117.797.

A análise indica que cinco Estados sinalizam crescimento só na tendência de curto prazo: Amapá, Maranhão, Pará, Pernambuco e Rondônia. Já  na Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Pernambuco, Sergipe e São Paulo os sinais são de queda na tendência de longo prazo.

Vacinação pode evitar mortes de mais de 430 crianças

Se a vacinação contra a Covid em crianças de 5 a 11 anos for acelerada no Brasil pode evitar até abril 5.400 hospitalizações e 430 mortes nessa faixa etária.

Até o momento o país ainda segue em ritmo lento, com cerca de 250 mil doses aplicadas por dia. Segundo especialistas, seria necessário a aplicação de um milhão de doses por dia para evitar mais mortes e hospitalização de crianças de 5 a 11 anos.

A projeção é de um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), da Universidade Federal de Goiás (UFG), da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual Paulista (Unesp), da Universidade Federal do ABC (UFABC) e do Observatório Covid-19 BR.

De acordo com a pesquisa, a vacinação mais rápida também causaria benefício na população em geral e poderia impedir cerca de 14 mil hospitalizações e mais de 3.000 óbitos pela doença em todas as faixas etárias no mesmo período.

Os pesquisadores fizeram uma modelagem matemática para estimar quantas mortes e hospitalizações seriam evitáveis em três cenários distintos:  um cenário sem vacinação infantil (hipotético), o cenário atual de ritmo lento, e o cenário ideal ou acelerado de aplicação de doses.