Escrito por: Redação BdF
Bolsonarista estava preso desde 16 de fevereiro e teve a mudança de regime determinada pelo ministro Alexandre de Moraes
O deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ) deixou o Batalhão Especial Prisional da PM em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, na tarde deste domingo (14), depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a progressão da pena para prisão domiciliar com o monitoramento por meio de tornozeleira eletrônica.
Silveira estava detido desde o dia 16 de fevereiro, quando o próprio Moraes determinou sua prisão em flagrante após ele divugar em suas redes sociais um vídeo defendendo a destituição de ministros do STF e fazendo apologias ao Ato Institucional nº 5 (AI-5), principal instrumento de repressão da ditadura civil-militar no Brasil.
A prisão de Silveira foi mantida pelo plenário do Supremo e também pela Câmara dos Deputados, onde o parlamentar do PSL é alvo de um processo de cassação no Conselho de Ética.
Inquéritos e histórico
O deputado é alvo de dois inquéritos no STF. Um apura atos antidemocráticos e o outro fake news. Moraes é relator dos dois casos.
Em sua página no Twitter, Silveira se descreve como “policial militar, conservador, bacharelando em Direito, Deputado Federal, totalmente parcial e ideológico”.
Conforme o próprio deputado admite em outro vídeo, gravado no momento em que a Polícia Federal (PF) entra em sua casa, em Petrópolis, na região serrana do Rio, ser preso não é uma novidade em sua biografia. Antes de assumir o mandato, em 2019, Silveira atuou como policial militar e passou 80 dias detido no quartel entre 2013 e 2017 “em virtude de numerosas transgressões disciplinares, por atrasos e faltas aos serviços”.
Ele foi eleito deputado federal em 2018 pelo Rio de Janeiro, com 31.789 votos. Durante a campanha, durante um comício ao lado do governador afastado Wilson Witzel (PSC-RJ) e do hoje deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL-RJ), Silveira quebrou uma placa com o nome da vereadora Marielle Franco, assassinada meses antes. Esse foi o episódio que mais fez ecoar o seu nome nas redes sociais.
Em sua defesa, o então candidato alegou que a placa foi retirada porque cobria a indicação com o nome oficial da praça, Floriano Peixoto.