Deputados federais do Maranhão e Piauí votaram contra os trabalhadores
Todos os deputados federais do Piauí presentes à votação, exceto os do PT, aprovaram a reforma Trabalhista. Já do Maranhão, dos 18 presentes, 12, votaram pelo fim da CLT
Publicado: 02 Outubro, 2018 - 14h42 | Última modificação: 05 Outubro, 2018 - 17h10
Escrito por: Rosely Rocha, especial para Portal CUT
Com a proximidade das eleições muitos deputados federais candidatos à reeleição mudam de partido; outros desistem, mas a maioria tenta continuar em sua cadeira na Câmara Federal e, para isso, tenta esconder da população que aprovaram medidas contra a classe trabalhadora e o país.
Piauí
No caso dos deputados federais do Piauí presentes à votação, exceto o do Partido dos Trabalhadores (PT), todos votaram a favor da reforma Trabalhista, que retirou direitos conquistados há mais de 50 anos. Eles também aprovaram a terceirização, a PEC do Teto dos Gastos Públicos, também conhecida como PEC da Morte – que congela investimentos por 20 anos -, e a entrega do pré-sal a grupos internacionais.
O deputado Átila Lira (PSB) foi um dos mais ativos na defesa dos projetos do governo ilegítimo de Michel Temer (MDB-SP). Ele votou a favor de todas as propostas dos golpistas.
Já Héraclito Fortes, que trocou o PSB pelo DEM, votou pela reforma, a terceirização e a entrega do pré-sal aos estrangeiros. Héraclito foi apontado na delação premiada do ex-senador Sérgio Machado, por ter recebido suborno para não criar dificuldades a projeto de lei de interesse da Transpetro, no valor de R$ 500 mil reais. Heráclito também foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por promoção pessoal, nas propagandas da Prefeitura de Teresina, quando ele foi prefeito da cidade, entre 1989 e 1992; mesmo condenado, o Supremo deu a ele o direito de concorrer a uma vaga para a Câmara.
Já Júlio Cesar (PSD), além de defender a reforma Trabalhista, aprovou a entrega do pré-sal aos estrangeiros. Enquanto Maia Filho (PP), o Mainha, aprovou as medidas contra os trabalhadores como a reforma e a terceirização. Mainha também votou a favor da PEC da Morte.
Pelo MDB, Marcelo Castro, que votou a favor da reforma Trabalhista e da PEC da Morte, decidiu concorrer ao Senado pelo partido.
Os demais candidatos que votaram a favor da reforma e da terceirização foram Silas Freire (PR) e Iracema Portella (PP). Já Paes Landim (PTB), que votou pela reforma e terceirização, concorre pela nona vez. Ele é o deputado recordista em número de mandatos (oito), no Piauí.
Rodrigo Martins (PSB), que votou a favor da reforma Trabalhista, desistiu da candidatura e não concorre a nenhum cargo público pelo Piauí.
No Maranhão, quatro deputados federais que aprovaram a reforma Trabalhista, a terceirização, a PEC da Morte e a entrega do pré-sal desistiram de concorrer nas próximas eleições: Alberto Filho (MDB), Pedro Fernandes (PTB), João Marcelo Souza (MDB) e José Reinaldo (PSB).
Outros quatro deputados que votaram contra os interesses da classe trabalhadora, mudaram de partidos, mas mantiveram suas candidaturas à Câmara Federal.
Aluisio Mendes (Podemos) deixou o PTN, mas antes, votou pela reforma e pela terceirização. Junior Marreca (Patriota) era do PEN quando votou pela terceirização, a PEC da Morte e a reforma Trabalhista. Ildon Marques (PP), votou pelo congelamento dos investimentos por 20 anos e a entrega do pré-sal ao capital estrangeiro quando pertencia aos quadros do PSB, Victor Mendes (MDB) era do PSD quando votou a favor da reforma e da terceirização.
Por fim, Waldir Maranhão (PSDB), que votou a reforma Trabalhista, ficou conhecido nacionalmente ao não autorizar o início do processo de cassação da ex-presidenta Dilma Rouseff (PT), mas que logo em seguida voltou atrás na sua decisão, quando ocupou por alguns dias a presidência da Câmara. Waldir, que na época do impeachment era do PP, passou ainda pelo Avante e PT do B, antes de se transferir para o ninho tucano.
Outros candidatos que aprovaram a reforma trabalhista foram André Fufuca (PP), Davi Alves Silva Júnior (PR) e Cleber Verde (PRB) que também aprovou a terceirização.
Hildo Rocha (MDB) e Juscelino Filho (DEM) acrescentaram à lista de maldades contra o trabalhador, a PEC da Morte que congela por 20 anos os investimentos públicos e prejudica áreas essenciais como saúde e educação.