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Deputados federais traíram a classe trabalhadora ao aprovar MP 905, diz Sérgio Nobre

Presidente da CUT afirma que a “parada ainda não está decidida”, porque tem votação no Senado e que a hora é de pressionar senadores contra essa medida da escravidão

Publicado: 15 Abril, 2020 - 17h04 | Última modificação: 15 Abril, 2020 - 17h32

Escrito por: Vanilda Oliveira

Alex Capuano
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O presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, disse nesta quarta-feira (15) que, “de maneira traiçoeira”, a Câmara dos Deputados aprovou a MP 905, na noite de ontem (14). “Os parlamentares descumpriram um entendimento com o fórum das centrais sindicais, de que nesse momento de isolamento pela pandemia de coronavíurs, o Congresso Nacional não votaria nenhuma pauta polêmica em relação aos trabalhadores”.

Segundo ele, a MP 905, que os parlamentares chamam de carteira verde amarela, na realidade é a carteira da escravidão, porque institui trabalho sem direito nenhum. “Estamos indignados com essa aprovação, que é um desserviço à classe trabalhadora brasileira, porque essa MP retirou direitos históricos que foram conquistados com muita luta”, afirmou o presidente nacional da CUT.

Sérgio Nobre, disse, porém, que “essa parada não está decidida” porque ainda cabe votação no Senado. “Nós da CUT e do fórum das centrais sindicais já estamos buscando uma conversa com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para que a gente possa mostrar o desserviço que é essa medida provisória, como ela é descabida e, por isso, exigimos a sua imediata retirada”, afirmou o presidente cutista. E convocou: “É preciso que os trabalhadores e trabalhadores pressionem os senadores, liguem, escrevam, mandem mensagens na página do Senado, de maneira indignada, porque essa medida é um enorme retrocesso para a classe trabalhadora brasileira”.

Assista o vídeo desta quarta-feira (15):