Desemprego cresce em São Paulo e atinge 1,9 milhão. Renda cai
As poucas vagas criadas não apontam crescimento, mas estabilidade, segundo o Seade e o Dieese
Publicado: 26 Setembro, 2018 - 16h56
Escrito por: Redação RBA
A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo subiu para 17,4% em agosto, ante os 17% registrados em julho, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) da Fundação Seade e do Dieese.
O número de desempregados foi estimado em 1,923 milhão, 54 mil a mais no mês. O aumento se dá pela diferença entre o total de pessoas que entraram no mercado e os postos de trabalho abertos: a população economicamente ativa (PEA) cresceu 10 vezes mais que o número de vagas, 60 mil a 6 mil.
Na comparação com agosto de 2017, o efeito foi contrário. O desemprego diminuiu, principalmente, pela diminuição de pessoas no mercado: 54 mil a menos. Como foram abertas 11 mil vagas – resultado que aponta estabilidade (0,1%) –, o total de desempregados se reduziu em 65 mil em 12 meses.
De julho para agosto, a taxa de desemprego aumentou na chamada sub-região leste, que inclui municípios como Guarulhos e Mogi das Cruzes, de 19% para 19,8%. Na capital, subiu de 16,2% para 16,7%. E na sub-região sudeste (Grande ABC), variou de 18,2% para 18%.
Ainda no mês, o emprego cresceu nos serviços (49 mil, 0,9%) e no comércio/reparação de veículos (10 mil, 0,6%). E caiu na construção civil (menos 36 mil, -6%) e na indústria de transformação (-18 mil, -1,3%). Em 12 meses, indústria (74 mil) e comércio (56 mil) crescem, construção (-45 mil) e serviços (-57 mil) têm queda.
O emprego com carteira avançou pouco (0,4%), enquanto o sem carteira aumentou 2,5%. Houve estabilidade no setor público (0,2%) e redução entre autônomos (-0,5%) e empregados domésticos (-2,9%). Ante agosto de 2017, destaque para o trabalho formal, com alta de 1,5% (mais 70 mil vagas).
Estimado em R$ 2.048, o rendimento médio dos ocupados caiu 2,1% de junho para julho (nesse item, há defasagem de um mês). Em 12 meses, despenca: 5,4%. A queda chega a 8,7% no comércio, 7,1% entre empregados com carteira assinada e autônomos e a 6,2% na indústria de transformação, com retração de 5,7% na massa de rendimentos.