Escrito por: CUT Brasília
A ação do MST no DF faz parte da Jornada Nacional em Defesa da Reforma Agrária
Cerca de 500 trabalhadores rurais sem terra ocuparam na manhã desta segunda-feira (16) a Terracap (Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal) para reivindicar a regularização dos assentamentos 8 de Março e 27 de Setembro, além da criação do acampamento Roseli Nunes. A ocupação começou por volta das 7h e não tem previsão de término.
Segundo o dirigente nacional do MST, Marcos Antônio Baratto, cerca de 300 famílias estão à mercê do GDF nas terras ocupadas, consideradas públicas, mas que foram “griladas por políticos, principalmente Pedro Passos”, ex-deputado apontado como um dos chefes da máfia da grilagem no DF, já foi preso por isso.
Marcos ainda denuncia que a Terracap “virou uma agência de negócios de terra”. “Só no diálogo não está dando. A gente exige que a Terracap retome o processo de regularização dos assentamentos e inclua as famílias no Prat (Programa de Assentamento de Trabalhadores Rurais). Se a Terracap não fizer isso, os grileiros vão expandindo as cercas, fraudando documentos e assim vai.”
O dirigente nacional do MST ainda afirma que “o diálogo com o GDF está mais difícil nos últimos tempos”, o que emperra o avanço da pauta dos trabalhadores rurais sem terra.
“Vamos ficar aqui na Terracap até que sejamos recebidos pelo presidente da Terracap, pelo secretário de Agricultura e pelo Chefe da Casa Civil do DF”, diz Marcos Baratto.
A ação do MST no DF faz parte da Jornada Nacional em Defesa da Reforma Agrária, realizada em todo o Brasil, que busca denunciar a retirada de direitos dos trabalhadores do campo e exige a recomposição do orçamento destinado para a Reforma Agrária e para a Agricultura Familiar e Camponesa. Além disso, a Jornada traz também na pauta a luta contra a as reformas dos governo ilegítimo de Michel Temer.
Fonte: CUT Brasília