Escrito por: CUT-PR
Reforma da Previdência é o principal ponto na luta pelos direitos na manifestação nacional marcada para quarta-feira (15)
Nesta quarta-feira (15) o Brasil vai parar. Manifestações, paralisações e uma série de atos estão programados em todo o País pela luta contra a retirada de direitos. O fim da aposentadoria, com a reforma proposta pelo governo golpista de Michel Temer (PMDB), é a principal pauta dos movimentos sociais.
Em Curitiba, a primeira grande manifestação está marcada para a Praça Santos Andrade, às 9h, no Centro de Curitiba. Professores da rede pública, servidores municipais, trabalhadores do transporte público, petroleiros e uma série de outras categorias vão cruzar os braços contra o fim da aposentadoria.
“Não podemos aceitar, de maneira alguma, esta proposta do governo que chamam de reforma, mas que na verdade, é o fim da aposentadoria para os trabalhadores e trabalhadoras e atinge todos diretamente, sejam do campo ou da cidade”, acusa a presidenta da CUT Paraná, Regina Cruz. De acordo com ela, o tempo de contribuição de 49 anos da proposta do governo é uma sentença de morte para a própria aposentadoria. “Alguém que começou a trabalhar com 21 anos, logo após a saída da faculdade por exemplo, só poderá se aposentar com 70 anos recebendo o benefício de forma integral”, exemplifica Regina Cruz.
Outro ponto polêmico da proposta do governo é a igualdade entre homens e mulheres. Atualmente elas aposentam-se cinco anos antes que os homens. Com a mudança as regras passam a ser as mesmas, com idade mínima de 65 anos de idade e 49 anos de contribuição. “A diferença atual não é baseada em um privilégio, mas sim, mas nas diferenças existentes para a mulher, não apenas na família, onde assume uma terceira jornada, mas também no próprio ambiente de trabalho, onde está mais exposta ao assédio, à rotatividade e até mesmo salários menores. A situação é ainda mais complicada para as trabalhadoras rurais”, alerta Regina.
Mobilização - A quarta-feira (15) promete mobilizar diferentes categorias em todas as partes da cidade. Com o início da Greve Nacional da Educação, organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), as escolas públicas de Curitiba estarão fechadas. Tanto na rede estadual quanto na rede municipal professores e funcionários de escola cruzarão os braços. O mesmo acontece em outros municípios no Paraná.
Por isso, a concentração dos trabalhadores em educação acontecerá a partir das 9h da manhã na Praça Santos Andrade. Trabalhadores de outras categorias estão na Praça Tiradentes, a partir das 10h, onde encontrarão a marcha dos trabalhadores do ensino.
Os cobradores e motoristas de ônibus também aderiram ao movimento. Outras categorias, como os petroleiros e os servidores públicos municipais, também cruzam os braços. Os bancários decidem nesta segunda-feira (13) em assembleia se aderem à mobilização.
Audiência Pública – Na quarta-feira (15) também será realizada, na Assembleia Legislativa do Paraná, às 10h uma audiência pública com lideranças do mundo trabalho e deputados estaduais para debater a Reforma da Previdência. Além de representantes das centrais sindicais, outros personagens ligados ao mundo do trabalho também estarão presentes. Tanto do da representação dos trabalhadores, quanto de espaços jurídicos e acadêmicos. O objetivo é apresentar os retrocessos e debater mecanismos de mobilização com parlamentares contrários ao fim da aposentadoria.
Serviço: Dia Nacional de Paralisação
Data: Quarta-feira, 15 de março de 2017.
Local: Concentração na Praça Tiradentes, Centro, Curitiba.
Horário: 10h.