Dia de TBT: CUT aprofundou a luta contra o neoliberalismo entre 1992 e 2003

Hoje é dia de TBT e damos sequência à série que as Brigadas Digitas têm feito para resgatar as lutas da CUT, maior central sindical da América Latina e uma das maiores do mundo, ao longo de 40 anos, desde a fundação, em 28 de agosto de 1983.

Chegamos aos anos 1990, após a década perdida dos anos 1980, quando o país tentou de todo modo aplicar políticas monetárias de estabilização econômica sem sucesso. Também foi realizada em 1989, a primeira eleição direta após o período da ditadura cívico-militar (1964-1985), que terminou com a escolha de um representante da elite e a derrota de uma liderança da classe trabalhadora.

Fernando Collor de Mello (do então pouco expressivo PRN) assumiu a presidência da República com o discurso de modernização do país e ataque aos “marajás” (servidores e juízes que supostamente ganhariam fortunas sem trabalhar), mas cujo mandato terminou com um impeachment por corrupção dois anos depois após intensa mobilização nas ruas.

Em 1992, a CUT se uniu a movimentos estudantis, organizações da juventude e outros representantes dos movimentos sociais para acabar com o governo que havia confiscado a poupança e jogado o país em uma crise econômica e social.

No ano seguinte, quando completou 10 anos, a Central aderiu ao movimento nacional contra a extrema pobreza e a fome no Brasil. Uma luta que continuou ao longo de toda década, especialmente, com a eleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que aprofundou as políticas neoliberais a partir de sua primeira eleição, em 1995.  Ano também marcado pela repressão truculenta à histórica greve dos petroleiros e pela marcha contra o apagão.

As mobilizações em defesa dos empregos, dos salários e dos direitos trabalhistas consolidaram o desejo de mudança e ajudaram a eleger, em 2002, pela primeira vez Luiz Inácio Lula da Silva, um sindicalista para comandar o Brasil.

O resto é história que contaremos no próximo TBT.