Escrito por: Isaias Dalle, de Brasília

Dilma, não vete a 85/95

CUT e demais centrais seguem rumo ao Palácio do Planalto para cobrar que presidenta aprove alternativa ao fator previdenciário

Isaías Dalle
Militantes caminham rumo ao Palácio do Planalto, em Brasília


Cerca de 1,5 mil militantes da CUT e das demais centrais sindicais (CTB, Força, UGT, Nova Central) seguem em marcha neste momento rumo ao Palácio do Planalto para cobrar que a presidenta Dilma Rousseff não vete a fórmula 85/95, alternativa ao fator previdenciário para quem se aposenta.

A fórmula permite que o trabalhador some o tempo de contribuição com a idade e, se o resultado for 85 (mulheres) e 95 (homens), terá direito  à aposentadoria integral (limitada ao teto do INSS). O fator previdenciário, porém, não deixará de existir e poderá ser acionado quando for favorável a quem ingressa na Previdência.

Com velas nas mãos, os manifestantes farão uma vigília próxima ao Palácio até às 21h. Conforme destaca a secretária de Relações do Trabalho da CUT, Maria das Graças Costa, a ideia é fazer com que entenda a importância até mesmo simbólica da aprovação por parte da presidenta.

“É muito importante que a Dilma não vete para que a gente tenha credibilidade e força nas mesas de negociação, não só com o governo federal, mas com outros gestores, incluindo prefeituras. Porque o veto dela servirá de justificativa para outros endurecerem a negociação”, apontou.

Para a dirigente, o veto traz ainda causará a perda de credibilidade do Fórum de Debates sobre Políticas de Trabalho, Renda, Emprego e Previdência, criado pela própria Dilma em abril deste ano.

“Como vamos sentar para discutir com alguém uma proposta que já foi vetada?”, questionou Graça.

Em breve, mais informações no Portal da CUT.