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Dilma vê STF submisso a arbítrios de Moro e denuncia 'vale-tudo' contra Lula

Segundo ex-presidenta, "a história vai registrar" que tribunais superiores se curvaram à vontade de um juiz de primeira instância

Publicado: 02 Julho, 2018 - 14h34 | Última modificação: 02 Julho, 2018 - 14h51

Escrito por: Redação RBA

Reprodução
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Instaurou-se no Brasil "uma espécie de vale-tudo judicial" para impedir o ex-presidente Lula de disputar as eleições de outubro. A afirmação é da ex-presidenta Dilma Rousseff. Segundo ela, após tê-lo condenado sem provas, o Judiciário adota "manobras", "artifícios" e "casuísmos" para derrubar sumariamente recursos e apelações apresentados pela defesa do ex-presidente.

"Primeiro, denunciaram-no sem provas, apenas com base em convicções; depois, condenaram-no por 'razões indeterminadas'; em seguida, jogaram-no na prisão antes do julgamento dos seus recursos, direito assegurado a outros réus e a outros presos; e, agora, bloqueiam a sua prerrogativa a qualquer apelação", disse a ex-presidente, em nota divulgada neste domingo (1º).

Dilma observa que as instâncias superiores da Justiça vêm se submetendo, de maneira "obsequiosa", segundo ela, "à decisão arbitrária de um juiz de primeira instância". "Se algum julgamento pode vir a beneficiá-lo, é adiado, suspenso e sequer entra na pauta dos tribunais. Se alguma decisão pode eventualmente lhe favorecer, é negada de pronto, sem ser submetida a exame."

Dilma também denuncia a "chantagem" realizada pela imprensa tradicional, que diz que Lula só terá seus pleitos no Judiciário atendidos se abrir mão da sua candidatura à presidência. "Querem que Lula autodestrua sua condição de maior líder político do Brasil."

A ex-presidenta, que deve disputar o Senado em Minas Gerais a pedido de Lula, afirma que a "história vai consignar que alguns tribunais superiores" abriram mão do direito de decidir, e "abdicaram do dever de julgar, quando o seu veredito poderia representar a justa liberdade de um cidadão".