Dinheiro esquecido nos bancos poderá ser sacado a partir de 7 de março
Valores esquecidos serão devolvidos a partir de 7 de março, segundo o Banco Central. A instituição criou novo site para que clientes resgatem cerca de R$ 8 bilhões
Publicado: 08 Fevereiro, 2022 - 12h35 | Última modificação: 08 Fevereiro, 2022 - 12h44
Escrito por: Redação CUT | Editado por: Rosely Rocha
Os R$ 8 bilhões esquecidos por clientes em contas correntes, poupança e outros investimentos financeiros poderão ser sacados a partir do dia 7 de março, informou o Banco Central (BC).
A instituição financeira também informou que a consulta poderá ser feita num novo site criado somente para este fim, a partir do dia 14 deste mês. Antes, o BC havia anunciado a consulta a partir do dia 24 de janeiro, pela ferramenta Registrado dentro do site do BC. Mas, devido ao grande volume de consultas tanto a ferramenta como o próprio site do Banco Central saíram do ar.
Poderão ser resgatados os valores esquecidos, a partir de 2001 em contas-correntes, poupanças encerradas com saldo positivo, cobranças indevidas por parte dos bancos, recursos não resgatados, entre outros, poderão ser sacados.
O saldo que estava em contas de bancos que faliram não poderá ser consultado por que o BC não supervisiona essas instituições após a falência.
Como consultar
A instituição reforça que o único site para consulta e solicitação desses valores é o valoresareceber.bcb.gov.br, a partir do dia 14 deste mês.
Para ter acesso ao sistema de consultas, é preciso fazer antes um cadastro pelo site Acesso (https://sso.acesso.gov.br) ou pelo aplicativo Gov.br
Cuidado com golpes
O BC diz que apenas depois de acessar o sistema (ou se já o acessou nos dias 24 e 25/01) e, somente no caso de pedir o resgate sem indicar uma chave Pix, a instituição financeira escolhida entrará em contato para realizar a transferência. Ainda assim, essa instituição não pode pedir que você informe seus dados pessoais, nem a sua senha.
O Banco Central não envia links, nem entra em contato com você para tratar sobre valores a receber ou para confirmar seus dados pessoais, e que ninguém está autorizado a entrar em contato em nome do Banco Central ou do Sistema Valores a Receber. Por isso, nunca clique em links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram e não faça qualquer tipo de pagamento para ter acesso aos valores.
Como os bancos vão devolver?
Os bancos têm até 12 dias para devolver os valores, a partir da data do pedido do cliente, via PIX. Se a instituição financeira não aderiu ao pagamento por este modelo deve transferir via DOC ou TED, no mesmo prazo.
Alguns bancos oferecem o pagamento diretamente em seus sites e aplicativos, que é dirigido ao site do BC. Outros que não aderiram ao acordo de pagamento com o Banco Central podem oferecer a opção "Solicitar via instituição", em que o cliente deve solicitar o pagamento diretamente ao banco.
Posso pedir a devolução do dinheiro em nome de outra pessoa?
Para receber valores em nome de outra pessoa é preciso acessar o Fale Conosco do BC e informar a documentação comprovando que você tem procuração para representar essa pessoa. Caso seja comprovado que há valores disponíveis, o banco enviará um relatório informando o procedimento para recebê-los.
Devolução será feita em duas fases
Os bancos devem devolver aos correntistas cerca de R$ 3,9 bilhões, numa primeira fase do serviço que envolve saldo disponível em contas já fechadas, tarifas e parcelas de cobradas indevidamente (previstas em termo de compromisso com o BC), cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito e recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.
O restante, R$ 4,1 bilhões, deve ser restituído numa segunda fase ao longo do ano. Estarão disponíveis valores decorrentes de tarifas e parcelas cobradas indevidamente (essas previstas ou não em termo de compromisso com o BC), contas em instituições de pagamento ou corretoras de investimento encerradas com saldo disponível e outras situações que impliquem em valores a devolver.