Direção do Sindipetro-BA tenta barrar paralisação dos campos terrestres
Com uma comitiva de prefeitos e vereadores de diversas cidades do estado, sindicalistas se reuniram com representantes da ANP e da Petrobrás
Publicado: 14 Dezembro, 2022 - 13h15 | Última modificação: 14 Dezembro, 2022 - 13h28
Escrito por: Carol Athayde, do Sindipetro Bahia
Para evitar os impactos socais e econômicos que a decisão da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) de paralisar todas as atividades dos campos de petróleo e gás da Petrobrás na Bahia vai causar, o coordenador-geral do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA), Jairo Batista e o diretor de comunicação, Radiovaldo Costa, foram ao Rio de Janeiro, nesta terça-feira (13).
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Apesar de não ter havido marcação prévia da reunião devido à urgência da questão a ser tratada, os sindicalistas e um grupo de prefeitos da região conseguiram, através de articulação feita pelo senador Angelo Coronel, se reunir, via zoom, com o diretor geral da ANP, Rodolfo Henrique de Saboia e a diretora, Symone Araújo, entre outros.
A diretoria do Sindipetro colocou a sua posição contrária à paralisação das atividades dos campos – determinada pela ANP, após auditoria- e ressaltou a gravidade da situação para a economia baiana. A entidade sindical pediu o adiamento da paralisação e um prazo adicional para que os problemas e irregularidades encontrados pudessem ser resolvidos.
A diretoria da ANP responsabilizou a Petrobrás pelo que está ocorrendo e se comprometeu a avaliar as reivindicações do Sindipetro, mas não deu garantia de extensão do prazo ou que a paralisação não ocorreria.
Na comitiva que foi ao Rio, além dos dirigentes do Sindipetro, estavam os prefeitos de Entre Rios, Manoelito Argolo; de Esplanada, José Naldinho dos Santos, de Cardeal da Silva, Branco Sales e de Catu, Pequeno Sales. Também fizeram parte da comitiva o presidente da Câmara de Vereadores de Entre Rios, Filipe Tadeu Badaró, o vereador, Everaldo Almeida, além do vereador de Cardeal da Silva, Vaninho.
Eles também se reuniram com o Gerente Executivo de Terras e Águas Rasas da Petrobrás, Paulo Marinho, na sede da empresa, no Rio de Janeiro. Os representantes do Sindipetro cobraram uma posição da Petrobrás e propuseram que seja feito um trabalho conjunto para tentar demover a ANP desta posição que vai gerar graves consequências para a Bahia como perda de receitas e desemprego, principalmente de trabalhadores terceirizados.
Os prefeitos e parlamentares se mostraram muito preocupados com o impacto causado por essa decisão da ANP. Os municípios vão deixar de receber o pagamento de royalties e ISS, além de arcar com os prejuízos na cadeia de produção, serviços e comércios dessas cidades. Outra preocupação é que a paralisação das atividades, que pode durar cerca de seis meses, vai gerar a demissão de cerca de 4.500 trabalhadores.
Serão afetados os municípios de Esplanada, Cardeal da Silva, Entre Rios, Alagoinhas, Catu, São Sebastião do Passé e Araças.
A entidade sindical está enviando correspondência ao governador Rui Costa, informando sobre a situação e pedindo providências para evitar a paralisação desses campos. Está sendo enviado também ofício para a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB- BA). O objetivo é mobilizar os diversos segmentos empresariais, sindicais e políticos do estado para defender os interesses da Bahia e do povo baiano.