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Direção executiva da  CUT diverge da inclusão do PCO no inquérito das fake news

Em nenhum momento o PCO convocou ou realizou quaisquer atos para desestabilizar a democracia e às instituições democráticas nem pediu a instauração de um regime autoritário no país, afirma a CUT em nota

Publicado: 13 Junho, 2022 - 13h12 | Última modificação: 13 Junho, 2022 - 13h15

Escrito por: CUT Nacional

Reprodução
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Desde o início dos anos 1980, o Partido da Causa Operária (PCO) tem contribuído com as lutas do movimento sindical, popular e social. Esteve presente nas lutas contra a ditadura, pelo restabelecimento da democracia no país e pela liberdade de organização partidária, sindical e popular.

As posições ideológicas do PCO em relação ao Judiciário e às instituições são de amplo conhecimento e sempre foram defendidas pelos dirigentes do partido e seus militantes em debates, publicações, jornais, sites  etc., sem que tenham sido objeto de punições ou restrições ao longo desses anos.

A direção executiva da CUT entende que não houve punição ou restrição porque, a despeito das suas posições ideológicas, o PCO, em nenhum momento convocou, ou realizou quaisquer atos para desestabilizar a democracia e às instituições democráticas nem pediu a instauração de um regime autoritário no país.

Neste sentido, divergimos da inclusão do PCO no inquérito das fake news em tramitação e o consequente bloqueio dos seus sites, página no Facebook e outros meios de comunicação. O PCO, vale ressaltar, não recebeu nenhuma advertência ou aviso prévio como ocorreu com outros investigados.

A CUT considera que essa medida, desproporcional àquelas que vêm sendo tomadas corretamente para combater àqueles que de forma sistemática, organizada e traiçoeira tentam insuflar a população contra a democracia e de forma criminosa, levanta suspeitas contra o sistema eleitoral do país.

Para a CUT, o combate aos atos antidemocráticos promovidos por àqueles que querem desestabilizar o país por meio da divulgação de mentiras, calúnias e desinformação para satisfazer seus anseios autoritários e ditatoriais, não pode servir de pretexto para a criminalização de posições e pontos programáticos distintos e diametralmente opostos como no caso do PCO.

A CUT vai continuar a sua luta em prol dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, da democracia, da paz e pela construção de um mundo socialmente justo, com distribuição de renda e igualdade social.