Escrito por: CUT-SP - Vanessa Ramos e Rafael Silva
Atividade é voltada a dirigentes sindicais e ocorre na capital paulista
O jornalista e diretor da CartaCapital Mino Carta será o primeiro participante do Ciclo de Debates que a CUT-SP inicia neste segundo semestre. O encontro ocorre nesta terça, dia 4, às 11h.
Com a mesa “liberdade de expressão em tempos de golpe”, o jornalista irá discutir o atual cenário político e econômico do Brasil, que tem retirado direitos da classe trabalhadora. A atividade é fechada e voltada a dirigentes sindicais. Para mais informações, as entidades podem entrar em contato com a CUT-SP pelo e-mail sgeral@cutsp.org.br ou no telefone (11) 2108-9167.
Nascido na Itália, em 1933, Carta chegou ao Brasil em 1946 e é hoje um dos principais nomes da comunicação brasileira, tendo sido responsável pelas criações de publicações como Quatro Rodas, Veja, IstoÉ, Jornal da Tarde e a CartaCapital – nesta última está à frente até hoje. A revista foi a única, da grande mídia, a se posicionar contra o golpe que tirou Dilma Rousseff da Presidência em 2016.
No editorial “Sonho e realidade”, publicado na revista no mês passado, Carta fala sobre o que acredita ser a alternativa neste momento no país. “Em meio ao caos precipitado pelo golpe de 2016 irrompe o elemento-surpresa de sorte a abrir uma perspectiva para a saída da crise. A solução correta, pacífica e inteligente, está na convocação de eleições diretas antecipadas no prazo mais curto possível”, aponta.
Para a secretária de Comunicação da CUT-SP, Adriana Magalhães, a posição da CartaCapital fortalece a luta contra o monopólio midiático. “Nossa disputa cotidiana é romper com a hegemonia dos grandes meios de comunicação e promover a contrainformação sobre o que está por trás da disputa política, como são as reformas trabalhista e da Previdência, o que significa a terceirização ilimitada, como os trabalhadores podem chegar a não se aposentar no Brasil. Disputas que os golpistas querem aprovar com ajuda dos aparatos de comunicação que alcançam milhões.”
Secretário-Geral da CUT-SP, João Cayres lembra que as redes sociais têm tido um importante papel na disputa de opiniões. “A internet hoje é um campo de disputa que fortalece a nossa luta, mas apenas isso não é suficiente. Precisamos fortalecer os canais que dialogam com e para a classe trabalhadora. Porta-vozes como CartaCapital, TVT e todos canais da Rede Brasil Atual demonstram como é possível fazer jornalismo de qualidade num exercício de liberdade de expressão em tempos de golpe”, observa.