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Diretor do Sindipetro-NF demitido por levar comida a necessitados em Itaguaí

Empresa alega que ele participou da ocupação da Campo dos Refugiados, mas Alessandro foi ao local representando o grupo Petroleiros Solidários, que distribui doações feitas pela categoria

Publicado: 02 Junho, 2021 - 17h57 | Última modificação: 02 Junho, 2021 - 18h03

Escrito por: FUP

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A Petrobrás acaba de demitir o petroleiro Alessandro Trindade, diretor do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), por justa causa. A empresa alega que ele participou da ocupação denominada Campo dos Refugiados, no terreno da petroleira, em Itaguaí, mas Alessandro foi ao local representando o grupo Petroleiros Solidários, que distribui cestas básicas para a população carente, com doações de trabalhadores da Petrobrás.

O movimento Petroleiros Solidários começou no início da pandemia, quando o desemprego, que já tinha números alarmantes, aumentou substancialmente. Alessandro criou, na ocasião, este movimento e vem, desde então, contando com a ajuda de vários trabalhadores e trabalhadoras da empresa. Já foram distribuídas 4 mil cestas básicas. Junto ao Sindipetro-NF, Alessandro também participa da ação do gás a preço justo, comercializando o botijão a 40 reais; já foram 2 mil botijões de gás de cozinha vendidos a preço justo em diversas comunidades do Rio de Janeiro.

Quando o terreno foi ocupado, avisaram ao Sindipetro-NF e à FUP, para que conseguissem alimentos para as famílias. Alessandro, diretor do sindicato, prontamente atendeu ao pedido de levar cestas básicas àquelas pessoas, que não tinham o que comer. A Petrobrás, então, acusou o sindicalista de fazer parte da organização daquela ocupação, quando na verdade ele faz parte da organização do movimento Petroleiros Solidários, que leva alimentos a quem precisa.

“O sindicato não vai silenciar diante desta injustiça. Continuaremos lutando junto à toda a categoria petroleira por comida no prato de todo o povo brasileiro. Vamos buscar todos os recursos possíveis, para reverter esta demissão injusta”, disse Tezeu Bezerra, coordenador geral do Sindipetro-NF.