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Dirigente da CUT Carmen Foro é nomeada para Secretaria no Ministério das Mulheres

Além de Carmen, outras dirigentes sindicais ligadas à Central foram escolhidas para integrar a pasta

Publicado: 16 Janeiro, 2023 - 12h16 | Última modificação: 16 Janeiro, 2023 - 16h49

Escrito por: Redação CUT | Editado por: André Accarini e Rosely Rocha

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A Secretária-Geral da CUT, Carmen Foro, é uma das mulheres escolhidas para compor a equipe que atuará com a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. Carmen terá atuação na Secretaria de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política do ministério. O anúncio foi feito na sexta-feira (13).

Junto com ela comporão a equipe a ex-secretária de Organização e Política Sindical da CUT, Denise Mota Dau, e a ex-secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, Rosane Silva, além de Maria Helena Guarezi, também sindicalista e ex-consultora em Políticas Públicas na Comissão de Estudos sobrea a Violência de Gênero da Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB/PR).

Trajetória

Carmen Foro tem um longo histórico de lutas pelos povos dos campos e das florestas e pelas mulheres. Nasceu em Mojú, no Pará e aos 15 anos, mudou-se para o município de Igarapé-Miri onde ingressou em sua carreira sindical, no Sindicato dos Trabalhadores Rurais, tendo assumido a presidência, em 1992, de forma interina por oito meses.

Já em 1996 foi eleita como diretora executiva da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Pará (Fetagri). Em 2003 se integra à CUT Nacional. Em 2005 compõe a Direção Executiva Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), com a missão de coordenar as mulheres do campo e da floresta, liderando por duas vezes consecutivas (2007 e 2011), a Marcha das Margaridas.

Em 2006 assumiu a vice-presidência da CUT, e mais uma vez cumprindo ciclos e avançando sempre, tornou-se a primeira mulher, e além, a primeira filha do campo e da Amazônia, a presidir interinamente por 10 dias uma central de trabalhadores na história do Brasil. De 2009 a 2012 foi a primeira dirigente a assumir a recém-criada Secretaria de Meio Ambiente da CUT, idealizando um modelo de desenvolvimento humano que possa ser sustentável e solidário.

Exerceu ainda a vice-presidência da CUT por dois mandatos e foi também a primeira mulher eleita para Secretaria-Geral da CUT, para o mandato de 2019 a 2023.

A dirigente também compõe a Suplência da Secretaria de Mulheres da Contag e é vice-presidenta e diretora-executiva do Instituto Observatório Social (IOS).

“A Contag e CUT foram os caminhos que garantiram a oportunidade para eu ser vista como gente, como mulher negra do interior da Amazônia. Sinto-me muito honrada pelo convite tanto que aceitei este novo desafio político em minha vida”, disse a dirigente em suas redes sociais.

As novas secretarias assumirão os cargos após publicação no Diário Oficial da União.

Ministério das Mulheres

Natural de Clementina (SP), a ministra de Mulheres Aparecida Gonçalves, é especialista em gênero e enfrentamento à violência contra mulheres e ativista de defesa dos direitos das mulheres há mais de 40 anos. Cida começou sua trajetória política em Campo Grande (MS), onde foi coordenadora do movimento popular de mulheres nas décadas de 80 e 90.

Como representante desse grupo, coordenou o processo de articulação e fundação da Central dos Movimentos Populares no Brasil.

Nos governos petistas de Lula e Dilma Rousseff, entre 2003 e 2016, foi Secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, atuando na construção da Lei Maria da Penha e da Lei do Feminicídio.

Foi uma das protagonistas da elaboração do Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres e do Programa Mulher Viver sem Violência, que tem como carro-chefe a Casa da Mulher Brasileira.

Trabalhou também como consultora em políticas públicas de gênero e violência contra mulheres. Cida Gonçalves compôs a equipe de transição do novo governo Lula que fez a análise e o diagnóstico com relação às políticas direcionadas às mulheres.