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Dirigentes da CUT deixam o cargo para concorrer nas eleições 2018

Desde as eleições de 2014, que elegeu a bancada mais conservadora pós-ditadura militar, a CUT discute a importância de aumentar o número de sindicalistas compromissados com os direitos sociais e trabalhistas

Publicado: 07 Junho, 2018 - 19h12 | Última modificação: 12 Junho, 2018 - 16h22

Escrito por: Redação CUT

Roberto Parizotti
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Dirigentes sindicais ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) de todo o Brasil cumpriram, nesta quinta-feira (7), a exigência legal de desincompatibilização quatro meses antes da eleição e se afastaram do cargo para concorrerem aos mandatos de deputado federal ou estadual.

A chamada desincompatibilização prevista na legislação eleitoral exige o afastamento do cargo quatro meses antes do primeiro turno da eleição, que ocorrerá em 7 de outubro neste ano. O segundo turno será realizado no dia 28 de outubro.

Entre os candidatos (confira lista no final), estão os presidentes de CUT's estaduais licenciados, como Beatriz Cerqueira (MG), Claudir Nespolo (RS) e Carlos Veras (PE); e presidentes licenciados de grandes sindicatos, como Maria Izabel Noronha (SP), da Apeoesp.

Mais compromisso com a classe trabalhadora

Desde as eleições de 2014, que elegeu a bancada mais conservadora do Congresso Nacional do período pós-ditadura militar, a CUT vem discutindo internamente aumentar o número de sindicalistas compromissados com os direitos sociais e trabalhistas na Câmara dos Deputados para impedir os retrocessos apresentados e aprovados por bancadas de empresários, ruralistas e outros segmentos mais identificados com pautas conservadoras e de retirada de direitos.

Em 2014, levantamento do Diap mostrou que a frente sindical, por exemplo, foi reduzida quase à metade: de 83 para 46 parlamentares.

Dois anos depois, a bancada reacionária se aliou ao candidato perdedor Aécio Neves (PSDB-MG), ao Michel Temer (MDB-SP), então vice da presidenta Dilma Rousseff (PT) e, com apoio de empresários, parte da mídia e do Poder Judiciário destituíram a presidenta legitimamente eleita, deram um golpe e agora vêm implementando uma pauta de retrocessos, fim de direitos trabalhistas e extinção de programas sociais.

Se votar, não volta

Quando teve início o debate sobre as reformas trabalhista e da Previdência, a CUT lançou a campanha #QuemVotarNãoVolta para alertar os deputados e senadores que quem votasse a favor das reformas, não seria eleito este ano e reforçou a importância de seus dirigentes disputarem os cargos, conquistar uma bancada representativa e fazer a disputa por direitos no Congresso Nacional.

Vários dirigentes aceitaram o desafio e decidiram concorrer aos cargos eletivos. Todos se licenciaram da CUT nesta quinta com o compromisso de representar as propostas da Plataforma da CUT para as eleições 2018 em suas campanhas eleitorais, entre elas, a revogação das medidas tomadas depois do golpe, como a aprovação da reforma Trabalhista e eleições livres e democráticas.

Confira a lista de dirigentes que irão se candidatar aos cargos de:

Governador

Rubens Marques de Sousa – presidente da CUT Sergipe

Deputado ou deputada Federal

- Alessandra Lunas – direção CUT Nacional – Rondônia

- Ângela Maria de Melo – dirigente executiva CUT Nacional – Sergipe

- Carlos Veras – presidente da CUT Pernambuco

- Claudir Nespolo – presidente da CUT Rio Grande do Sul

- Elisângela Santos Araujo – dirigente executiva CUT Nacional – Bahia

- Gilberto Rosas – presidente da CUT Roraima

- José Maria Rangel – coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP) – Rio de Janeiro

- Neveraldo da Silva Oliboni - secretário de Administração e Finanças da CUT Paraná 

- Paula Francinete Costa Leite – secretária de Finanças da Confetam e direção CUT Nacional - São Paulo

Deputado ou deputada Estadual

- Beatriz Cerqueira – presidenta da CUT Minas Gerais

- Danilo Libarino Assunção – secretário Meio Ambiente CUT Bahia

- Edilson José Gabriel - vice-presidente CUT Paraná 

- Maria Izabel Bebel – presidenta da APEOESP e dirigente executiva CUT nacional – São Paulo 

- Mauro Rubem – presidente CUT Goiás

- Luzenira Linhares Alves – secretária da Mulher Trabalhadora da CUT Paraíba

- Ivaneia Souza Alves – direção CUT nacional - Amapá

- Rosana Sousa do Nascimento – presidenta da CUT Acre

- Rodrigo Brito - presidente da CUT-DF, candidato a deputado  distrital