Escrito por: Redação CUT

Dirigentes da CUT discutem negociação coletiva no ministério do Planejamento

Se trabalhadores decidirem pela greve, a responsabilidade será do governo, avisaram sindicalistas.

Reprodução Diap
Dirigentes da CUT participaram de uma audiência, nesta quinta-feira (7), com uma equipe do Ministério do Planejamento para tratar das negociações coletivas dos empregados e servidores públicos.  Na reunião, os sindicalistas destacaram que as empresas têm seguido uma tendência comum de retirada de direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras, apresentaram as propostas feitas pelas empresas e afirmaram que não seguirão negociando os acordos coletivos caso governo e empresas mantenham a postura de reduzir direitos.  O representante da CUT, Ismael José César, reivindicou a elevação do auxílio alimentação e do aporte financeiro do governo para os planos de saúde de autogestão, reforçou ainda a necessidade do governo responder a pauta de reivindicações entregue pelas entidades nacionais dos servidores, e que se abra o processo de negociação com a categoria. O secretário de Assuntos Juridicos da CUT, Valeir Ertle, e o diretor executivo, Eduardo Guterra, reforçaram a importância de garantir os direitos dos trabalhadores nos ACTs e afirmaram que a responsabilidade será do governo, caso os trabalhadores decidam pela greve. O secretário de Gestão de Pessoas do Planejamento, Augusto Chiba, e o coordenador geral da SEST, Christian Castro, afirmaram que não é orientação do governo a retirada de direitos dos trabalhadores, mas, sim, a negociação de cláusulas financeiras. O diretor do Departamento de Relações de Trabalho do Planejamento, Paulo Campolina, disse que vê “esperança e futuro com a reunião realizada, que não se chega a uma solução sem diálogo”. Ele se comprometeu a repassar ao ministro do Planejamento as informações apresentadas pelos dirigentes sindicais, além de analisar estratégias que preservem as cláusulas sociais.Campolina sugeriu realizar uma nova reunião no dia 21 de junho na sede do Ministério do Planejamento. No dia 13 de junho está prevista uma audiência no  Tribunal Superior do Trabalho e a CUT vai aproveitar a oportunidade para, junto com as  demais entidades, solicitar o não rebaixamento nos Acordos celebrados com o governo. No dia 14, ás 10 h, haverá reunião das entidades na sede da CUT, em Brasília. Da audiência desta quinta participaram também os dirigentes sindicais Sergio Ronaldo (CONDSEF) e Vitor Frota da Silva (CTB) e Carlos Garcia (Sinpaf). Do lado de fora, houve uma vigília de servidores. A reunião com o Ministério do Planejamento, uma iniciativa das entidades que representam os trabalhadores e trabalhadoras das empresas públicas e servidores públicos, foi discutida em duas reuniões com dirigentes da executiva da CUT e assessoria jurídica da Central.