Dirigentes da CUT se somam aos milhares de trabalhadores do País em Curitiba
Sindicalistas pregam união da classe trabalhadora por Lula Livre; pela luta contra o trabalho “escravo”, pelo resgate dos direitos e contra o fim da nossa soberania sobre os recursos naturais do país
Publicado: 01 Maio, 2018 - 12h25
Escrito por: Rosely Rocha, especial para Portal CUT
A reunião das sete maiores centrais sindicais brasileiras - CUT, Força Sindical, CTB, NCST, UGT, CSB e Intersindical-, para o ato unificado deste 1º de Maio, que começa às 14h, em Curitiba, cidade em que o ex-presidente Lula está sendo mantido como preso político, tem levado milhares de trabalhadores e trabalhadoras, de norte a sul do país à capital paranaense.
Para a vice-presidente da CUT Nacional, Carmem Foro, o ato é histórico porque as centrais sindicais entendem que o que está acontecendo é um ataque à democracia, um desmonte dos direitos da classe trabalhadora.
“O 1º de Maio é de resistência. Temos aqui uma militância encorajada e com vontade de lutar para mudar o país. É preciso acreditar que faremos novas mudanças. Temos de ter esperança e vontade de viver por nós mesmos e pelas próximas gerações”, diz a dirigente.
Segundo Jandira Uehara, secretária de Políticas Sociais e Direitos Humanos da CUT Nacional, as caravanas que chegam a Curitiba têm sido muito bem recebidas, com pessoas tirando fotos com a militância, em apoio ao movimento “Lula Livre”.
”Curitiba e o restante do estado do Paraná estão dando uma demonstração de que existe um povo organizado e disposto a lutar porque aqui não é terra desse juiz desqualificado, comprado, vendido aos interesses internacionais. Aqui não é terra do Moro, aqui é a terra do povo”, diz Uehara.
Já segundo Julio Turra, diretor-executivo da CUT, “o clima entre a militância e os simpatizantes está excelente. “Vamos dar uma demonstração de força neste 1º de Maio”, avalia.
Para ele, a provocação terrorista no acampamento da “Vigília Lula Livre”, que foi atacado a tiros por fascistas no sábado (28) está sendo respondida com ampliação da participação dos militantes, da juventude e de vários sindicatos.
“No próximo dia 7 completa um mês da prisão de Lula e a orientação da CUT é continuar com a panfletagem maciça em todos os locais de trabalho”.
“Um mês já basta! Lula Livre, Lula é inocente. Enquanto ele estiver aqui na sede da Superintendência da Polícia Federal, estaremos aqui do lado de fora dando “bom dia, presidente Lula”, “boa noite, presidente Lula”, diz Julio Turra.
“Nós estamos confiantes que essa luta vai crescer e vai envolver cada vez mais a classe trabalhadora”.
Já para Janeslei Albuquerque, secretária de Mobilização e Relação com Movimentos Sociais da CUT Nacional, o ato unificado das centrais sindicais é necessário, porque também está em jogo a soberania nacional.
“A Lava Jato destruiu a indústria naval e agora está destruindo a indústria aérea. Se não lutarmos seremos apenas um desenho no mapa. Um país sem soberania porque não teremos direitos sobre nossos recursos naturais como o gás, o petróleo e a água”, diz Janeslei.
“A nós cabe lutar e repetir incansavelmente, que a realidade está sendo distorcida e manipulada pelas empresas de comunicação, que estão interessados no golpe”, finaliza.