Escrito por: CUT-RS

Eduardo Leite privatiza Sulgás pelo preço mínimo em leilão sem concorrência

A Companhia de Gás do Rio Grande do Sul, que lucrou R$ 79,4 milhões em 2020 e ainda investiu R$ 41,5 milhões, é a terceira estatal  vendida este ano pelo governo tucano

Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini

O governador do Rio Grande do Sul (RS), Eduardo Leite (PSDB), entregou o controle acionário da Companhia de Gás do Rio Grande do Sul (Sulgás), uma empresa lucrativa, pelo preço mínimo em leilão de privatização sem concorrência.

Leite, que é pré-candidato tucano à presidência da República e disputa a indicação do PSDB com o governador de São Paulo, João Dória, outro privatista que já prometeu vender a Petrobras, vendeu a participação de 51% do governo do Estado na distribuidora gaúcha de gás natural canalizado por R$ 927,7 milhões para a Compass Gás e Energia, a única empresa proponente no certame, que durou cerca de 20 minutos. 

A Sulgás lucrou R$ 79,4 milhões em 2020 e ainda investiu R$ 41,5 milhões. É a terceira estatal a ser vendida este ano pelo governo tucano, depois das empresas de distribuição e de transmissão do grupo Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), a Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE-D) e a Companhia Estadual De Transmissao De Energia Eletrica (CEEE-T).

 

Sem políticas de desenvolvimento, Leite e Bolsonaro vendem estatais

“A privatização está no DNA dos tucanos, desde a governo Fernando Henrique Cardoso, na década de 1990. Aqui no RS não é diferente. O governo Yeda Crusius (2007-2010) torrou quase metade das ações do Banrisul”, disse o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci.

“Agora, o governador, que votou em Bolsonaro, montou uma agenda de privatizações para agradar o mercado financeiro e os grandes empresários, enquanto retira direitos dos servidores e mantém salários congelados”, critica o dirigente.

“Leite e Bolsonaro não têm políticas de desenvolvimento e, no apagar das luzes, vendem estatais e a soberania nacional. O governador ainda quer cercar o Estado de pedágios, no melhor estilo do governo Antônio Britto (PMDB), que nunca mais foi reeleito”, salientou.

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