Escrito por: Alexandre Linares, especial para o Portal CUT

Educadores aderem à greve geral em todo o Brasil. Confira

Trabalhadores e trabalhadoras da educação pararam as aulas e foram às ruas com apoio de estudantes pelo direito de se aposentar, contra a reforma da Previdência e os cortes na educação

Elineudo Meira (Chokito)
Educadores em ato de sindicatos e movimentos populares em São Mateus, na Zona Leste de SP

Em todo país os trabalhadores e trabalhadoras da educação se mobilizam desde a manhã desta sexta-feira (14), dia da greve geral convocada pela CUT e demais centrais contra a reforma da Previdência de Jair Bolsonaro (PSL), os cortes no orçamento da educação e por mais empregos.

Escolas estão paradas em todo o país. Educadores e técnicos administrativos cruzaram os braços na rede pública e privada desde o ensino básico até o superior.

Só em São Paulo, segundo a Apeoesp, mais 70% dos professores do Estado paralisaram as aulas e realizaram atos regionais em 52 cidades do interior. Na capital, o ato é na Avenida Paulista, junto com as demais categorias profissionais e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. A concentração começou às 16h.

Confira os atos, mobilizações e paralisações da educação nos estados:

ACRE – No Acre, estudantes e sindicalistas fecharam um trecho da BR-364, impedindo a passagem de ônibus do transporte coletivo e de cargas nas primeiras horas do dia. Professores paralisaram as aulas e o ato se concentrou em frente a uma das garagens de ônibus de Rio Branco.

ALAGOAS – Educadores estiveram juntos com trabalhadores de outras categorias em Maceió, bloquearam as ruas e realizaram a tradicional caminhada fechando o comércio do centro da cidade.

AMAPÁ – Em Macapá, professores da rede pública, técnicos e um grupo de estudantes da universidade federal (Unifap) fizeram ato na parte da manhã e suspenderam as aulas.

AMAZONAS Em Manaus, alunos e professores fecharam parcialmente a entrada da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) para um protesto às 8h30.

BAHIA - Trabalhadores de diversos segmentos e movimentos estudantis de Lauro de Freitas realizaram desde às 7h, na altura do Posto Menor Preço na Estrada do Coco, uma grande manifestação em defesa da educação pública de qualidade, contra os cortes de verbas da educação, pela aposentadoria e por mais empregos. Professores das universidades estaduais da Bahia que estão em greve há dois meses reforçaram as mobilizações.

CEARÁ – Em Fortaleza, trabalhadores e trabalhadoras se reuniram no blocão da Educação em defesa das aposentadorias e contra os cortes na Educação, com concentração na Praça da Bandeira.

DISTRITO FEDERAL – Em Brasília, os profissionais da educação se reuniram em frente à Praça do Buriti. Além da pauta nacional em defesa das aposentadorias, os educadores debateram pautas específicas como a construção e reforma de escolas; concurso público; construção de creches; reajustes salarial, de 37%, e do auxílio alimentação; contra a militarização das escolas e pela nomeação de professores aprovados em concurso.

MATO GROSSO – Trabalhadores e trabalhadoras da educação pública mato-grossense que estão em greve desde 27 de maio engrossaram as manifestações da CUT e centrais sindicais no estado. Os trabalhadores tiveram seu ponto cortado e participaram ativamente dos atos.  

MATO GROSSO DO SUL – Os trabalhadores da educação em Campo Grande se concentraram com demais categorias na Praça do Rádio Clube, realizando um grande ato público.

MARANHÃO – Desde as primeiras horas desta sexta-feira, trabalhadores de São Luís realizam manifestação pela garantia da aposentadoria do trabalhador brasileiro e contra os cortes na educação. Eles se concentraram em dois pontos: Barragem do Bacanga e quilômetro um da BR 135, onde bloquearam os acessos.

MINAS GERAIS – Em Belo Horizonte, trabalhadores e trabalhadoras da educação liderados pelo Sind-UTE estavam na linha de frente da manifestação contra a reforma da Previdência que tomou as ruas da capital mineira. Em Uberlândia, parte das escolas municipais e estaduais, além da universidade federal (UFU), ficaram sem aulas. Em Juiz de Fora, também houve adesão à paralisação nas escolas da rede estadual, municipal, privada e na universidade federal (UFJF).

PARANÁ – Nesta sexta-feira (14), trabalhadores e estudantes paralisam as atividades contra o desmonte da Previdência, os ataques à educação pública e a falta de empregos. Segundo APP-Sindicato em Curitiba, servidores se manifestam no Centro Cívico em defesa da data-base e contra a Reforma da Previdência. Foram realizados também atos no interior em cidades como Cascavel, Colombo, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa, Londrina, Maringá entre outras.

RIO GRANDE DO SUL – Trabalhadores e trabalhadoras da educação gaúcha pararam seus locais de trabalho e foram as ruas junto com a CUT, centrais sindicais e movimentos sociais contra a reforma da Previdência e em defesa da educação.  Em Porto Alegre, desde a madrugada, educadores e demais trabalhadores fizeram a resistência em frente a garagem da empresa de ônibus Sopal. Em Pelotas, educadores fizeram piquete em frente à garagem da empresa Santa Silvana. Ocorreram manifestações e protestos em Caxias, Ijuí, Bagé, Camaquã, São Leopoldo, Alegrete, Passo Fundo, Espumoso, Santa Cruz do Sul, Lajeado, Sarandi, São Luiz Gonzaga, Frederico Westphalen e diversas outras cidades.

RONDONIA - Em Porto Velho, os trabalhadores da educação participaram de ato na praça das Três Caixas D'água. Em cidades como Vilhena os educadores pararam as redes municipal e estadual de ensino.

RORAIMA - Em Roraima sindicatos e movimentos populares se manifestaram na BR-174 no município de Mucajaí, no Sul do estado. Em Boa Vista, educadores também aderiram à paralisação.  Duas entradas da Universidade Federal de Roraima (UFRR) também foram trancadas.

SÃO PAULO – Segundo Apeoesp, mais 70% dos professores paralisaram as aulas em todo Estado de São Paulo. As subsedes da Apeoesp participaram ativamente dos atos regionais em 52 cidades do Estado e bairros da capital do Estado. Na rede municipal de ensino escolas de ensino fundamental e de educação infantil param com mobilização do Sipeem e Sindsep. Uma ampla adesão também ocorreu na rede privada de ensino. O Sinpro-ABC relata paralisação de inúmeras escolas, cursinhos e universidades.

SANTA CATARINA – de acordo com o Sinte-SC , em Criciúma, professores se somaram as demais categorias na mobilização contra o projeto de reforma da Previdência de Jair Bolsonaro (PSL).  Em Florianópolis, Palhoça, Joinville e em diversas outras cidades, educadores participaram das mobilizações e atos levantando bandeira contra os cortes na educação e em defesa das aposentadorias.

TOCANTINS - O Sintet convocou toda a categoria para protestar contra a reforma da Previdência nesta sexta-feira (14) com atos em Palmas, Araguaína, Tocantinópolis, Novo Acordo, Augustinópolis e Porto Nacional.

Com informações da CNTE e sindicatos do ramo da educação.