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Eleitores terão que escolher candidatos, mas podem optar pelos não traidores

#VotouNãoVolta é uma campanha da CUT para denunciar parlamentares que votaram contra os trabalhadores e as trabalhadoras e não merecem ser reeleitos

Publicado: 03 Outubro, 2018 - 09h30 | Última modificação: 05 Outubro, 2018 - 14h11

Escrito por: Érica Aragão

Alex Capuano
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Dos 513 deputados federais, 407 disputam a reeleição. Outros 39 vão disputar o senado, 11 estão disputando como vices em chapas majoritárias, 8 concorrem a governador, 8 querem ser deputados estaduais, 6 estão suplentes no senado, 2 são candidatos a presidente da República e 32 não são candidatos a nenhum cargo público.

Nesta eleição estão em disputas 1.654 cargos. A população terá que votar e escolher seis dos candidatos para eleger um presidente, 27 governadores, 54 senadores, 513 deputados federais, 1.035 estaduais e 24 distritais.

Para ajudar os trabalhadores e as trabalhadoras a escolher os seus candidatos, a CUT está produzindo uma série de reportagens da campanha #VotouNãoVolta com objetivo de denunciar os traidores da classe trabalhadora, que votaram a favor de medidas que precarizam as relações de trabalho, acabam com a soberania brasileira e com direitos básicos dos trabalhadores e das trabalhadoras.

No Espírito Santo, os dois senadores, Magno Malta (PR) e Ricardo Ferraço (PSDB), que encerrariam o mandato em 2019, tentam a reeleição. A senadora Rose de Freitas (PODE) tenta a eleição para governadora do Estado. Todos traíram a classe trabalhadora.

Magno Malta votou a favor da reforma Trabalhista e a PEC da morte. Ricardo Ferraço e Rose de Freitas também disseram sim para as mudanças nas leis trabalhistas, que precarizam as relações de trabalho, e o congelamento dos investimentos em saúde e educação para os próximos 20 anos.

Dos 10 deputados da bancada capixaba, nove tentam reeleição. O deputado Carlos Manato, que era do Solidariedade e mudou para o PSL,  disputa a vaga ao governo do estado.  Manato votou sim para a terceirização irrestrita, para entrega do pré-sal e para a PEC da morte.

O deputado Max Filho (PSDB) votou a favor do impeachment da presidenta Dilma Rousseff e da PEC da Morte, mas não tenta reeleição porque está no seu mandato de prefeito de Vila Velha, capital do Espírito Santo. Outros partidos como PHS, PV, MDB, PP, DEM e PSB também traíram a classe trabalhadora.

As medidas analisadas pelo PortalCUT  foram o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, entrega do pré-sal, terceirização irrestrita, reforma trabalhista e a PEC da morte. Veja abaixo a relação dos deputados e deputadas que votaram contra você:

Solidariedade

Dr.Jorge Silva saiu do PHS e foi para o Solidariedade disputar pela terceira vez o cargo de deputado federal. O médico urologista, que diz em campanha ser defensor da educação, defendeu um Estado mínimo com menos investimentos para saúde e educação pública de qualidade, votando sim para a PEC da morte.

Partido Progressista (PP)

O deputado Evair de Melo, que mudou do Partido Verde (PV) para o PP, em sua campanha diz que trabalha por projetos que garantam mais saúde, segurança e educação, mas suas propostas são incoerentes com suas votações como representes do Espírito Santo em Brasília. O deputado votou a favor da entrega do pré-sal, a reforma Trabalhista e a PEC da morte.

O Marcus Vicente foi mais radical e votou a favor de todas as medidas analisadas, e ajudou a piorar a vida do trabalhador. Ele disse sim para a ruptura da democracia, que tirou uma presidenta eleita democraticamente do seu cargo, a entrega do pré-sal para estrangeiros, a mudança da legislação trabalhista e a terceirização irrestrita, que precarizaram e diminuíram salários e direitos do povo, e a PEC da morte, que congela investimentos da saúde e educação para os próximos 20 anos.

Movimento Democrático Brasileiro (MDB)

O deputado federal Lelo Coimbra, do mesmo partido do ilegítimo e golpista Michel Temer, votou como o MDB orientou e ajudou a aprovar todas as medidas que prejudicam a classe trabalhadora. Lelo Coimbra votou a favor do impeachment,  da entrega do pré-sal, da terceirização irrestrita, da reforma trabalhista e da PEC da morte.

Democratas (DEM)

A deputada Norma Ayub, que disputa uma vaga na Câmara Federal, votou sim para a reforma trabalhista, que alterou mais de 100 pontos da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e acabou com muitos direitos da classe trabalhadora. Além disso, já mostrou seu apoio para a reforma da Previdência de Temer, que fará com que mulheres trabalhem mais e a sociedade envelheça sem dignidade.

PSB (Partido Socialista Brasileiro)

Paulo Foletto é candidato a reeleição, mas também votou contra a classe trabalhadora. Foleto disse sim para o impeachment, a entrega do pré-sal, a reforma trabalhista e para a PEC da morte.

Alex CapuanoAlex Capuano

Veja aqui o diagnóstico das eleições do Espírito Santo feito pelo DIAP.