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Em 2 anos, insegurança alimentar pulou de 10,3 milhões para 19,1 milhões de pessoas

Antes do golpe de 2016, o Brasil havia saído do do Mapa da Fome, com políticas públicas implementadas pelos governo do PT. Só o Bolsa Família atendeu 13,9 milhões de famílias

Publicado: 07 Fevereiro, 2022 - 10h24 | Última modificação: 07 Fevereiro, 2022 - 11h27

Escrito por: Redação CUT

Tomaz Silva/Agência Brasil
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Durante a pandemia do novo coronavírus, que agravou a crise econômica brasileira, contribuindo para aumentar ainda mais as taxas de desemprego e de inadimplência, sem ações rápidas, abrangentes e eficientes do governo de Jair Bolsonaro (PL) para resolver o drama dos mais pobres, quase 9 milhões de pessoas entraram nas estatísticas dos que passam fome no país.

Nos últimos dois anos, saltou de 10,3 milhões para 19,1 milhões o número de pessoas em situação de insegurança alimentar grave. Isso significa que essas pessoas não têm acesso regular e permanente de alimentos em quantidade e qualidade suficiente para sua sobrevivência.

Segundo dados do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, desenvolvido pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede PENSSAN), como parte do projeto VigiSAN, atualmente, mais da metade da população brasileira sofre com a insegurança alimentar seja  leve, moderada ou grave. A insegurança alimentar grave afeta 9% da população.

Nos governos do PT, o país combate a fome

O Brasil saiu do Mapa da Fome após sucesso dos programas de combate a fome colocados em prática pelo governos de Lula e Dilma Roussef, ambos do PT, entre 2004 e 2013. Só o Bolsa Família atendeu, até 2016, 13,9 milhões de famílias, com gastos de apenas 0,47% do PIB.

Mas, não foi este programa apenas. Um conjunto de políticas públicas contribuiu para melhorar a vida do povo mais pobre do país. Foi construida e implementada uma política consistente de transferência de renda, aliada a aumentos expressivos do salário mínimo, estímulo ao consumo interno com expansão e barateamento do crédito, acesso ampliado a moradia, à saúde e à educação. Isso tornou realidade algo que por muito tempo foi considerado impossível por vários governos: a combinação de crescimento econômico, estabilidade monetária e redução da desigualdade social extrema que marcou a história do Brasil desde o período colonial.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada em 2004, 2009 e 2013, revelou uma significativa redução da insegurança alimentar na população brasileira. Em 2013, a parcela da população em situação de fome havia caído para 4,2% — o nível mais baixo até então.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura excluiu o Brasil do Mapa da Fome que divulgava periodicamente. Depois do golpe de 2016, que destituiu a presidenta Dilma, o país voltou ao Mapa da Fome.