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Em aceleração em dez estados e DF, Covid-19 já matou mais de 87 mil brasileiros

Mundo tem recorde de casos e explosão de infecções foi puxada por Estados Unidos e Brasil, que responderam por quase a metade das novas contaminações

Publicado: 28 Julho, 2020 - 12h02

Escrito por: Redação CUT, com colaboração da CUT-BA

Alejandra de Lucca - Fotos Públicas
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Com média de 1.069 vidas perdidas por dia, a tragédia do novo coronavírus continua sem controle no Brasil. O número de infectados já chega a 2.442.375 com 87.618 óbitos. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, divulgado nesta segunda-feira (27), foram 23.284 novos diagnósticos da doença e 614 novas mortes em 24 horas.

Em 40 países, incluindo o Brasil, houve registros recordes diários de infecções na semana passada, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Foram 284.196 novos casos em um único dia, um recorde. A explosão de casos no planeta foi puxada pelos Estados Unidos e pelo Brasil, que responderam por quase a metade das novas contaminações.

O Brasil é a segunda nação do mundo com maior número de casos e mortes por Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos, que tem 4,2 milhões de infecções confirmadas e 146,8 mil óbitos, de acordo com a Universidade Johns Hopkins.

A pandemia ainda está em ritmo acelerado em pelo menos dez estados brasileiros e no Distrito Federal, tanto em registros de morte quanto de casos confirmados.

Sul e Centro-Oeste, com índices em aceleração, têm puxado a alta de casos confirmados e mortes no Brasil, enquanto a Região Nordeste é a única a não apresentar aceleração. O Nordeste também foi a única região a apresentar queda de 20% na variação de 14 dias.

Já no Centro-Oeste (+32%) e Sul (+33%) registraram alta no mesmo período enquanto Sudeste e Norte se mantiveram estáveis.

São Paulo tem queda

A cidade de São Paulo, epicentro da pandemia no Brasil, teve queda de 27% na média diária do número de mortos na última semana e diminuição de 4% na média diária de internações. De acordo com dados apresentados pelo governo paulista nesta segunda (27), o interior do estado apresentou queda na média de internações pela primeira vez na pandemia.

O estado chegou a 487.654 mil casos confirmados da doença e 21.676 mortes por Covid-19. Apenas sete dos 645 municípios paulistas ainda não têm registros confirmados do novo coronavírus.

Foram registrados 4.501 novos casos e 89 óbitos em 24 horas, número que costuma ser menor que a média dos domingos.

As taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 63,3% na Grande São Paulo e 65,7% no Estado. O número de pacientes internados é de 13.592, sendo 7.924 em enfermaria e 5.668 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), conforme dados do governo estadual.

Santa Catarina

Santa Catarina que registrou poucos casos e mortes no início da pandemia é atualmente o estado mais afetado pelo novo coronavírus, com 70 mil pessoas infectadas e 924 mortas.

 Nesta segunda-feira (27), o índice de mortes pela infecção foi de 1,32%, segundo dados do governo estadual. O aumento ocorre gradualmente desde 10 de julho, quando o Estado catarinense esteve no patamar mais baixo durante a pandemia, com índice de 1,14%.

Queda de mortes e aumento de casos em Pernambuco

Já estado de Pernambuco tem queda na média de mortes, mas sobe o número de infectados. Umas das explicações para o crescimento de casos é a ampliação das atividades econômicas e reabertura das praias.

Nesta segunda, foram confirmados 666 novos casos de Covid-19 e 24 óbitos de pacientes que estavam com o novo coronavírus em Pernambuco. Com isso, o estado passou a contabilizar 89.132 pessoas infectadas e 6.376 mortes por causa da doença.

Justiça da Bahia programa retorno para setembro

O estado da Bahia registrou nesta segunda-feira (27) um total de 3.227 mortos e 12.938 casos confirmados do novo coronavírus desde o inicio da pandemia. Na avaliação da Secretaria Estadual de Saúde (SESAB) o cenário é de estabilidade, porém, reflete ainda uma grande preocupação com pandemia. A taxa de ocupação nos leitos de UTI no estado é de 71%.

A análise da estabilidade e da taxa de ocupação de UTI levou o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) a anunciar, nesta segunda-feira (27), medidas para retomadas das atividades presenciais apenas em setembro. Apesar de ter adotado o trabalho home office desde 18 de março, 3 servidores morreram e 93 foram infectados pela Covid-19.

No regime de teletrabalho, mais de 1,5 milhão de atos foram publicados pelo TJ-BA. Segundo o presidente, desembargador Lourival Trindade, isso mostra que o teletrabalho não afetou a produtividade.

O Ministério Púbico da Bahia seguiu a mesma orientação do TJ-Bahia, prorrogando para final de setembro, mas fará o retorno de forma gradativa. Nos próximos 30 dias, o regime de trabalho remoto será adotado de forma prioritária e trabalhadores e trabalhadoras do grupo de risco, ficarão fora da escala presencial.

Norma Angélica, procuradora-geral, considera extremamente importante a manutenção dos protocolos dos órgãos de saúde para combater a doença no estado.

Também em setembro será a vez do Tribunal Regional do Trabalho (TRT)  retornar as atividades presenciais. O órgão segue a orientação do Conselho Nacional de Justiça, nº 322/20 que prevê o retorno do atendimento com as condições sanitárias favoráveis.