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Em Belém, motoristas de aplicativos fazem carreata por vacinas contra Covid-19

Um motorista de 47 anos morreu por complicações causadas pela doença e categoria foi às ruas pedir vacina para todos e valorização profissional

Publicado: 01 Junho, 2021 - 14h43 | Última modificação: 01 Junho, 2021 - 15h15

Escrito por: Redação CUT

Reprodução/ Arquivo Evaldo
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A morte do motorista de aplicativo Mivan Silva, de 47 anos, por complicações causadas pela Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, revoltou os colegas de trabalho dele da Grande Belém. A categoria foi às ruas na manhã desta terça-feira (1º) exigir vacinas contra Covid-19 para todos os motoristas de aplicativos.

Cerca de 50 motoristas se concentraram no bairro do Guamá, perto do portão 1 da Universidade Federal do Pará (UFPA) e seguiram em carreta até um cemitério particular, na rodovia BR-316, onde Mivan será sepultado, de acordo com o jornal O Liberal.

Evaldo Calderaro, um dos organizadores do ato, disse ao jornal que Mivan Silva era um líder da categoria e a revolta é porque, se tivesse vacina contra a Covid-19 ele estaria vivo.

“Ficamos consternados pela dor. Tivemos esse sentimento de revolta. Se tivesse sido vacinado, não teria morrido”, disse Evaldo, que completou: “Todo dia perdemos um irmão de pista e chegou um ponto em que a insatisfação ficou muito grande”.

O motorista reclamou ainda da falta de políticas púbicas para ajudar a categoria. De acordo com ele, desde o início da pandemia no Brasil, eles não tiveram nenhum tipo de ajuda. A catgoria, disse, “não entrou em nenhum tipo de abono, auxílio, não paramos, não temos isenção de impostos... e somos quem mais carrega doentes, indo e vindo de hospital, levando as pessoas para seus trabalhos e passando por esses riscos", completou o motorista.

Os motoristas de aplicativos de Belém pedem mais amparo do Governo do Estado e de prefeituras, para que se sensibilizem e busquem vacinas para esses trabalhadores. "Todo dia estamos chorando uma morte e sem saber se quando sairmos para rodar, vamos voltar para nossas famílias", disse Evaldo.