Escrito por: CUT Brasília
Reunião do coletivo debateu questões como direitos humanos, conjuntura política e medidas para a inserção dos trabalhadores com deficiência na sociedade.
Intensificar a luta por ambientes mais acessíveis, estabelecer debates com parlamentares e reivindicar ações concretas, assim definiu o Coletivo de Pessoas com Deficiências em reunião nesta quinta (22). O evento debateu questões como direitos humanos, conjuntura política e medidas para a inserção dos trabalhadores com deficiência na sociedade.
A secretária nacional de Políticas Sociais e Direitos Humanos da CUT Brasil, Jandyra Uehara, atentou para um nível de instabilidade mundial que atinge todas as dimensões sociais. Na sua avaliação, o golpe em curso tem três principais objetivos. O primeiro trata-se do realinhamento do Brasil com a política americana, o que tem se consolidado por meio da entrega das riquezas nacionais à iniciativa privada. O segundo é a ampliação da exploração da classe trabalhadora, que tem ocorrido por meio dos inúmeros ataques já aprovados e em tramitação no Congresso Nacional. Já o terceiro, diz respeito à redução da liberdade democrática, a exemplo da intervenção militar, que alinhou os interesses do setor capital e forcas armadas.
“Quando se retira direito, os segmentos mais fragilizados da classe trabalhadora são os primeiros a serem atingidos. Tomamos como exemplo o desemprego: as barreiras já existentes para contratação dessas pessoas são ainda mais ampliadas numa conjuntura em que os setores conservadores e o grande capital aumentam o grau de exploração para manter seus lucros. Os trabalhadores com deficiência, como um setor extremamente fragilizado, sofrem primeiro esses impactos”, avaliou.
O secretário de Políticas Sociais da CUT Brasília, Yuri Soares, atentou quanto aos desafios impostos pelo golpe e a vulnerabilidade crescente. “Nos próximos meses, continuaremos mobilizados pela manutenção de todas as conquistas que adquirimos ao longo do tempo. Temos ainda o embate da manutenção da lei de cotas na sua integralidade e a luta contra os retrocessos que tramitam no Congresso Nacional e comprometem a acessibilidade”, disse.
Um novo encontro está agendado para 28 de abril, a partir das 9h, no auditório da CUT Brasília.