Escrito por: CUT
Trabalhadores do BB e da Caixa reforçaram a campanha contra a Reforma Trabalhista
Os trabalhadores do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal encerram seus congressos, no último domingo (2), em São Paulo, determinados a enfrentar a tentativa dos golpistas em privatizar os bancos públicos.
“Privatização e o desmonte aos poucos, com fechamento de setores e desmantelações em seqüência. O Banco do Brasil fechou quase 800 agências, a Caixa está indo no mesmo caminho. Isso é desmonte, eles quebram para privatizar”, explica Juvândia Moreira, dirigente executiva da CUT, que rememora processos similares na história recente do país. “A gente já viu isso, o governo de São Paulo fez isso com o Banespa e com a Nossa Caixa. E a gente sabe o quanto é importante os bancos públicos, como eles foram utilizados no governo Lula e no governo Dilma. Esse são instrumentos importantes da economia, de desenvolvimento das políticas públicas. Nós temos que defendê-los, defender nosso país.”
Para Carlos de Souza, secretário Geral da Contraf-CUT, “a conjuntura atual é muito adversa. Os bancos públicos estão sob forte ataque pelo governo Temer. Por isso, começamos os congressos dos bancários do BB e da Caixa com o lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos. Todas as correntes que atuam no movimento sindical bancário concordam com a defesa dos bancos públicos”, afirmou o dirigente em entrevista ao site da Contraf.
A Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos foi lançada com apoio e presença de diversos parlamentares, sindicalistas ligados a Contraf-CUT e Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), além do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas.
O presidente da Frente é o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que abriu o congresso conjunto dos bancários do BB e da Caixa. Esse foi o 28º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (CNFBB) e o 33° Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef). Ambos pela primeira vez foram realizados com paridade de gênero nas delegações eleitas nos congressos e encontros estaduais e regionais.
Os delegados presentes no congresso conjunto também decidiram intensificar a campanha contra as reformas Trabalhista e Previdenciária, propostas pelo governo ilegítimo de Michel Temer.