Escrito por: Denise Veiga, especial para CUT
Presidenta quer exercitar direitos garantidos pelas “Regras de Mandela”, normas das Nações Unidas, e pela Lei de Execução Penal. À noite, Dilma participa do lançamento do "Projeto Elas por Elas"
Após uma sequência de viagens internacionais para denunciar o golpe e a prisão política de Lula, a presidenta legitimamente eleita por mais de 54 milhões de votos, Dilma Rousseff, está de volta ao Brasil e pretende visitar nesta segunda-feira (23) o ex-presidente Lula, mantido como preso político em uma solitária na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.
Dilma alegará que este direito está garantido por tratados internacionais de que o Brasil é signatário e também pela Lei de Execução Penal brasileira, em vigor desde 1984.
Durante a semana passada, em palestra proferida na Universidade Estadual de San Diego, na Califórnia, Dilma denunciou a condição de isolamento a que Lula está submetido pelos policiais federais de Curitiba.
“Eles colocaram o Lula numa solitária. Lula é um homem forte, mas ele está sendo submetido a condições desumanas de prisão.”
“Eu tenho experiência de três anos de prisão durante a ditadura militar, e posso dizer que, passada a fase de interrogatório, quando sofríamos torturas brutais, éramos levados para o presídio, e o máximo sofrimento a que nos submetiam era a solitária. É a pior punição, quando não há tortura física”, afirmou.
Projeto Elas Por Elas
Em Curitiba, além da visita ao ex-presidente Lula, dentre as atividades programadas na agenda de Dilma está o lançamento do “Projeto Elas Por Elas”, nesta segunda-feira (23), às 18h, no Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP Sindicato).
O programa, que será lançado pelo PT, tem a finalidade de oferecer condições políticas e materiais para a consolidação de lideranças mulheres nos espaços de poder.
Segundo Anaterra Viana, do movimento de mulheres do Paraná, o "Projeto Elas Por Elas" pretende criar uma rede de influência de mulheres por todo o país. “Pretendemos fortalecer lideranças políticas nacionais e regionais em todo o Brasil”, enfatiza.
“Só conseguiremos mudanças com investimentos e formulação de políticas bem definidas, organizadas, que valorizem a atuação das mulheres e nos tirem do papel de coadjuvantes e nos faça protagonistas de nossa história.”
O projeto, diz Anaterra, pretende que as candidaturas das mulheres sejam competitivas e reais e, que, em 2018, senadoras, deputadas federais, governadoras e deputadas estaduais possam disputar com mais condições e ampliar a representação feminina na política.
“Só conseguiremos mudanças com investimentos e formulação de políticas bem definidas, organizadas, que valorizem a atuação das mulheres e nos tirem do papel de coadjuvantes e nos faça protagonistas de nossa história”, enfatiza.
*Com informações da Agência PT