Escrito por: Paula Brandão e William Pedreira

Em defesa da CHESF, contra a privatização

Urbanitários promovem ato em Recife e destacam importância da Companhia para o desenvolvimento do Nordeste e do País

Ivaldo

Trabalhadores urbanitários promoveram na manhã desta sexta-feira (17) ato público em defesa da CHESF (Companhia Hidrelétrica do São Francisco).

A atividade ocorreu na sede da Companhia em Recife (PE) e contou com a participação de representantes da CUT, da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), dos movimentos sociais de todos os estados do Nordeste, trabalhadores da CHESF, da CELPE (energia) e da COMPESA (saneamento) - empresas que também sofreram tentativas de privatização no governo FHC -, além de parlamentares.

Na ocasião, dirigentes afirmaram que qualquer iniciativa que aponte para a privatização da empresa será combatida com muita mobilização e luta. “Foi um importante ato onde pudemos evidenciar o papel da CHESF na valorização da região Nordeste, no desenvolvimento econômico e social do Brasil. E nossa posição é clara: estaremos sempre mobilizados para barrar a privatização da CHESF e defender o patrimônio do povo brasileiro”, declarou o secretário-adjunto de Saúde do Trabalhador da CUT, Eduardo Guterra.

Em consonância com a fala de Guterra, o presidente do Sindicato dos Urbanitários de Pernambuco, José Gomes Barbosa (Barbosinha), ressaltou que “o ato foi em defesa do desenvolvimento do Brasil, do patrimônio do povo brasileiro e do povo nordestino.”

Geração de energia e desenvolvimento - A Companhia Hidrelétrica do São Francisco emprega cerca de cinco mil trabalhadores e é considerada um símbolo do desenvolvimento do Nordeste.

Integrante do Setor Elétrico Brasileiro, é subsidiária da Eletrobrás e tem como atividade principal a geração, a transmissão e a comercialização de energia elétrica.

Compõem o sistema 14 hidrelétricas com potência total de 10.615.131Kw. A maioria das usinas está localizada no Rio São Francisco.

A CHESF também possui um dos maiores sistemas de transmissão de energia elétrica em alta tensão do Brasil. São mais de 18 mil quilômetros de linhas em operação. O sistema interliga os estados do Nordeste e une a região aos sistemas  das regiões Norte, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.

Em 2013, a Companhia obteve patrimônio líquido superior a R$ 11 milhões e receita operacional bruta de quase R$ 5 milhões.

Privatização era regra do jogo - no governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso (FHC) foram inúmeras as tentativas de privatização de empresas públicas. E com a CHESF não foi diferente. Neste caso, o caminho adotado por FHC foi o de dividir a empresa em três, o que facilitaria a privatização.

Os trabalhadores foram para o enfrentamento e derrotaram FHC. O ex-presidente então adotou uma estratégia diferente: começou a sucateá-la, deixando de fazer os devidos investimentos, ou seja, enfraqueceria a empresa para depois vendê-la. Os trabalhadores novamente se mobilizaram e impuseram uma nova derrota ao governo FHC.

“Nós, trabalhadores e trabalhadoras brasileiras, não podemos permitir a volta de um governo neoliberal ao poder, que privatiza, sucateia e desemprega milhões. Por isso, lutamos em defesa dos avanços dos últimos doze anos", destacou o presidente do Sindicato dos Urbanitários de Pernambuco. "Não queremos o retrocesso, queremos mais avanços, mais conquistas e isso só será possível com a continuidade do projeto democrático-popular iniciado por Lula e ampliado pela presidenta Dilma, projeto este que ajudamos a construir e que defendemos”, complementou .

* Com informações