CUT segue nas ruas contra o golpe e pela democracia

Em reunião ampliada da Direção Executiva Nacional da CUT, realizada em São Paulo, nesta terça-feira (26), o presidente da Central, Vagner Freitas, afirmou que a luta em defesa da democracia continua e continuará e defendeu que o golpe pode ser revertido nas ruas. 

Falando aos dirigentes da Central, Vagner lembrou que “apenas uma coisa une as pessoas contra e a favor do impeachment: a rejeição ao Cunha e ao Temer”, que ressaltou o avanço da esquerda diante das adversidades políticas. “A união dos movimentos sociais e das centrais sindicais é algo extraordinário. Que não pensem que o golpe já passou, o povo nas ruas pode derrotar o impeachment”, argumentou.

Na abertura da reunião, dirigentes das diversas correntes internas da CUT analisaram conjuntura política e fizeram projeções sobre o futuro do País. Neuriberg Dias, assessor do Departamento Intersindical de Assessoria Política, explicou o rito do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff no Senado.

Ele explicou que o Senado deve votar em primeiro turno sobre o destino do processo de impeachment, sendo necessário uma maioria simples (41 votos) para aprovar ou rejeitar o texto.

Caso aprovado, a presidenta será afastada do cargo para preparar sua defesa e o Senado terá 180 dias para definir sobre o impeachment. Para confirmar o golpe, Michel Temer e seus aliados precisam angariar 2/3 dos votos, ou 54 senadores.

Uma resolução da CUT será publicada na próxima quarta-feira (27), detalhando o plano de lutas para os próximos dias, que norteará os próximos passos no combate ao golpe e a defesa para barrar qualquer tentativa de retirada de direitos.