Escrito por: Érica Aragão
Professores e professoras da rede particular de ensino de São Paulo vão decidir se vai ter greve ou se a nova proposta apresentada na audiência de conciliação desta terça-feira (5) será aprovada
Após os patrões terem voltado atrás na proposta apresentada pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp) e aprovada na semana passada pelos professores e professoras da rede privada, uma audiência de conciliação foi realizada na tarde desta terça-feira (5) no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-SP).
A nova proposta, classificada pelo desembargador Fernando Álvaro Pinheiro como uma ‘cláusula de paz’, prevê renovação integral da Convenção Coletiva da categoria por um ano, reajuste salarial de 2,14% (reposição inflação) e participação nos lucros e resultados (PLR) de 15%. O que difere a atual proposta da outra apresentada na semana passada é 0,86% a menos no valor do reajuste salarial.
Em entrevista à Rede Brasil Atual, a diretora do Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP), Silvia Barbara, disse que a categoria continua em estado de greve e aguarda o resultado da assembleia desta quarta-feira (6).
"Vamos fazer uma nova assembleia e ainda podemos deliberar pela greve", alertou a dirigente, ressaltando que a mobilização dos professores e professoras tem amplo apoio da comunidade e dos pais dos alunos.
"Muitas cartas assinadas por pais e mães de alunos estão sendo entregues para nós e para as escolas, com o pedido para que os representantes das instituições de ensino assinem o acordo."
Na última quarta-feira (30), a Associação Brasileira de Escolas Particulares (Abepar) divulgou nota propondo que o sindicato patronal aceite os termos da proposta aprovada pelos professores. A entidade, que representa 18 instituições de ensino privadas, pede a manutenção da convenção até 2020.
Sem direitos, sem aula
Os professores da rede privada de São Paulo realizaram ato nesta terça-feira (5), no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-SP), contra a falta de compromisso da entidade patronal assinar o acordo firmado na semana passada
No ato, professores mandaram o recado: “Sem direitos, sem aula”.
*Com informações da Rede Brasil Atual