Em Fortaleza, mais de 30 mil vão às ruas em defesa da Previdência
Ato organizado pela CUT, demais centrais e movimentos sociais marcou o Dia Nacional em Defesa da Aposentadoria na capital do Ceará
Publicado: 22 Março, 2019 - 13h57
Escrito por: Polianna Uchoa com colaboração de Elton Viana, da CUT-CE
No Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência, a CUT e demais centrais sindicais e movimentos sociais das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, realizaram, nesta sexta-feira (22), mais de 50 atos na capital e no interior do Ceará.
Em Fortaleza, os trabalhadores e trabalhadores se concentraram na Praça da Imprensa, de onde saíram em caminhada que passou pela sede do INSS e terminou na Praça Portugal, no coração do bairro Aldeota.
“57 cidades, mais de 30 mil pessoas só na capital, seis centrais sindicais e trabalhadores de vários setores nas ruas para dizer que a reforma proposta pelo eleito é pior do que a de Temer e atinge principalmente as mulheres”, disse o presidente da CUT-CE, Wil Pereira.
Também participaram do ato na capital do Ceará, representantes de partidos políticos e deputados estaduais cearenses, que fizeram questão de reforçar a importância do ato em defesa dos direitos da classe trabalhadora.
“Os trabalhadores organizados dizem não a essa reforma que não respeita o povo brasileiro. Temos de fazer um corpo a corpo com os parlamentares federais para pressioná-los a defender o interesse do povo brasileiro e não o dos banqueiros. Quem voltar contra o povo, não volta”, disse o deputado estadual Moisés Braz (PT-CE).
“O governo anti-povo quer prejudicar a todos, principalmente as mulheres com essa reforma. Somente a unidade, consciência e organização irão nos levar à vitória”, reforçou o deputado estadual Renato Roseno (PSOL).
Para o deputado estadual Acrísio Sena (PT), fica claro que “não podemos permitir que essa proposta criminosa seja aprovada. O povo na rua não concorda e não aceita a destruição da previdência”, disse.
O presidente da CUT-CE, Will Pereira, lembrou que os atos do Dia Internacional das Mulheres deram início a luta contra a reforma da Previdência de Bolsonaro e ressaltou que o ato desta sexta-feira é um esquenta para a greve geral que os trabalhadores farão se a reforma de Bolsonaro continuar tramitando no Congresso Nacional.
“O primeiro passo foi dado no dia 8 de março com os atos das mulheres em todo o país. O de hoje é aquecimento para uma possível greve geral. Nós, trabalhadores e trabalhadoras, não aceitaremos essa retirada de direitos proposta pela reforma que quer o fim da aposentadoria”, disse.
Para o presidente da CSP/Conlutas, Nestor Bezerra, “o governo não defende o interesse da classe trabalhadora. O ato de hoje ainda está muito pouco para o que precisamos. Temos que aumentar a mobilização e partir rumo a uma greve geral contra a Reforma da Previdência”, ressaltou.
Para Nascélia Silva, presidente do Sindifort e secretária da Intersindical Ceará, “somente através da luta poderemos derrotar estas medidas e este governo de extrema-direita que não respeita a Constituição e quer que trabalhemos até morrer sem direito a aposentadoria, tudo para dar lucro a banqueiros e especuladores”.
“Estamos nas ruas firmes e fortes para defender a Previdência Social”, disse Francisco Moura, vice-presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB). “Este movimento tem que crescer e se espalhar por todo o país”, falou Adílio, representante da Força Sindical, ao reforçar o compromisso unificado das centrais com a derrubada da proposta de reforma apresentada pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL).
De acordo com Luciano Simplício, presidente estadual da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), “o povo cearense mandou um forte recado para a bancada federal do estado, ao dizer que não aceita a proposta apresentada pelo governo”.