MENU

Em manifesto, mulheres na luta pela vida divulgam pauta do 8 de março de 2021

As mulheres, entre elas as sindicalistas da CUT, estão organizando diversas mobilizações virtuais e presenciais em celebração ao Dia Internacional das Mulheres em todo o mês de março e em todo país

Publicado: 23 Fevereiro, 2021 - 18h16 | Última modificação: 23 Fevereiro, 2021 - 18h23

Escrito por: Érica Aragão

Brasil de Fato
notice

Mulheres da CUT, das demais Centrais Sindicais e de mais de 80 entidades sindicais, populares e feministas do país divulgaram nesta terça-feira (25) o “Manifesto 8 de Março Nacional -2021, Mulheres na Luta Pela Vida! Fora Bolsonaro, Vacina Para Toda População e Auxílio Emergencial Já!”.

O documento, assinado por mulheres de todas as raças, etnias, idades, identidades, orientações sexuais, territórios, nacionalidades, quilombolas, indígenas, no campo, nas águas, florestas e cidades, deu a largada para a luta do Dia Internacional da Mulher, celebrado dia 8 de março, e mostra para a sociedade a pauta das mulheres para este ano.

No manifesto, elas denunciam que os brasileiros e, principalmente, as brasileiras estão com as vidas ameaçadas com o país no comando de Jair Bolsonaro (ex-PSL).

Segundo elas, com apoio de fundamentalistas, e setores conservadores dos poderes jurídico, parlamentar e da grande mídia, à serviço do capital nacional e internacional, Bolsonaro tem um projeto de morte para o Brasil.

Além da falta de medidas para diminuir os impactos da pandemia em si, elas destacam que a retirada de direitos sociais deste governo foi responsável pelo aumento da violência contra as mulheres, os LGBTQI+, os negros, os povos indígenas e os quilombolas.

As mulheres também denunciam o baixo investimento, de quase zero, em políticas sociais, saúde e educação e que impactam, principalmente,na vida das trabalhadoras. Porque são elas que trabalham mais, estudam mais, têm três ou quatro jornadas e ainda são responsáveis por quase toda tarefa doméstica e pelos cuidados com idosos e crianças em casa.

Segundo elas, tudo isso faz parte da ofensiva ultraneoliberal do governo Bolsonaro que resulta no aumento da miséria, do desemprego, da desigualdade social e de gênero.

“Nós mulheres brasileiras sabemos que para avançarmos na luta pela igualdade, emprego justo e defesa da vida precisamos reivindicar, no mínimo, a imunização em massa, com vacina para todos e todas, a volta do auxílio emergencial de R$ 600 reais enquanto não tiver um país seguro para o retorno à vida normal, e o Fora Bolsonaro”, afirmou a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, Juneia Batista.

Este governo aproveitou a pandemia para acabar com políticas públicas importantes para toda sociedade e principalmente para as mulheres que minimizavam os efeitos da desigualdade, afirmou a secretária. “Este governo é fascista e genocida e não pode continuar comandando nosso país que, literalmente, está indo para a vala. A luta precisa ser pela vida”.

Trecho final do manifesto diz que só tirando Bolsonaro é que as mulheres e os homens do país vão poder construir alternativas de vida, recuperar a democracia, colocar o cuidado e a vida digna no centro da política! “Não existe democracia com racismo, e a democracia não é real para todas enquanto não pudermos decidir com autonomia sobre nossos corpos, territórios e vidas!”. 

Leia o manifesto na íntegra aqui.

Mobilização do Dia Internacional da Mulher

As mulheres, que assinam o manifesto, entre elas as sindicalistas da CUT, farão diversas mobilizações em celebração ao dia 8 em todo o mês de março para celebrar o Dia Internacional da Mulher.

Elas estão organizando atos virtuais e presenciais em todo país, com todos os cuidados para não proliferar a Covid-19. Está sendo produzida uma Live para o dia 7, em dois blocos com transmissão ao vivo e vídeos gravados. 

Mobilização das Centrais

O Fórum das Mulheres das Centrais estão organizando uma live para o dia 9 com a participação de intelectuais e lideranças políticas. A atividade vai abordar a luta histórica das mulheres, do empoderamento e o direito delas e sobre economia feminista. As representantes das trabalhadoras de todo país também divulgarão um manifesto de luta, que está em produção.

*Edição: Marize Muniz